Marcos Mion se pronuncia sobre Roberto Justus

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Foto: Reprodução

Marcos Mion usou as suas redes sociais para se pronunciar sobre a polêmica envolvendo o seu nome e o do apresentador Roberto Justus. No áudio de uma conversa privada entre os dois que veio a público, Justus classifica o avanço de medidas de prevenção contra o coronavírus como “histeria”.

Mion foi apontado como o responsável pelo vazamento, o que ele nega veementemente:

– Esse áudio foi enviado num grupo pequeno, com apenas seis pessoas. Alguém vacilou muito e não assumiu. Eu não vazei nada, e não é justo tomar uma dessas na cabeça e ficar nessa posição polarizada.

Mion acrescenta, ainda, que não houve uma briga com Roberto Justus:

– Esse áudio tirado de contexto dá a entender que estava tendo uma briga enorme. Não houve briga nenhuma… Não existe briga. Não estou fazendo tipo, não – afirmou.

Leia a transcrição do áudio de Justus:

“Quem entende um pouco de estatística, que parece que não é o seu caso, vai perceber que é irrisório. E dos que morrem, dos velhinhos, só 10 a 15% deles morrem. Se pegarmos o vírus, o que seria bom, já criaríamos anticorpos e acabaria de uma vez. Agora, claro que este exagero que foi feito tem vários argumentos e vários pensamentos atrás dele (…) Mas eu não esotu dizendo… Devia isolar os velhinhos, devia cuidar deles, devia não ter aglomerações humanas, grandes eventos, festas etc. Isso, sim. Mas esse isolamento vai custar muito mais caro. Você está preocupado com os pobres? Você vai ver a vida deles devastada, da humanidade, na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não terem o que comer, das empresas fecharem, dos desempregos em massa… Não dá para comparar com um ‘virusinho’, que é uma gripezinha leve para 90% das pessoas. Não dá para comparar o desastre que vai ser a vida… Está preocupado com a vida das pessoas? Fica preocupado não com o virus entrando na favela. Na favela não vai matar ninguém. Vai matar só velhinho e gente doente. Não tem nenhuma morte no mundo até hoje, das 12 mil, que a pessoa não tenha nenhum problema recorrente de saúde do passado. Nenhuma. como você me explica isso? Todos foram velhinhos ou diabéticos ou têm problema pulmonar (…) A pessoa saudável zero. E os pobres não são todos doentes, não. Na favela não vai acontecer p*** nenhuma se entrar o vírus. Muito pelo contrário, né? Criança, então, muito pelo contrário. E as crianças nem pegam a doença. Então, assim… Isso não é grave. Grave é o que vai acontecer com o mundo agora, com uma recessão nunca antes vista na história”.

Após a repercussão do caso, Justus publicou um vídeo nas suas redes sociais se defendendo e explicando a sua posição:

“Falaram que eu estou zombando dos mortos e só penso na parte econômica. Não é nada disso, muito pelo contrário. Eu falo muito de estatística. Se nós olharmos para o número de casos do mundo, são 300 mil casos de corornavírus no planeta inteiro, são 15 mil mortos. Ninguém consegue lidar com pessoas morrendo, é muito triste, não tenho dúvidas disso, mas 15 mil mortos para 7 bilhões de habitantes é um número muito pequeno (…) O que eu quero dizer com isso? Eu quero dizer que nós estamos dando um tiro de canhão para matar um pássaro. Nós estamos exagerando na dose (…) Nós estamos parando a economia brasileira, nós estamos destruindo o que vinha se recuperando. Nós estamos vindo de anos de recessão, de queda do nosso PIB, e agora vamos conseguir destruir, o que acontece com isso? Um problema social sem precedentes. Aí, sim, as pessoas vão morrer. Você sabe que muita gente se mata por problema econômico. A tristeza de não poder alimentar os seus filhos, perder o seu emprego (…)”.

O Globo