Ministério Público cobra atitude do governo e prefeitura de SP

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo, por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Saúde Pública, expediu uma recomendação nesta sexta-feira ao governo do estado e à prefeitura de SP para que apresentem explicações sobre medidas de combate ao coronavírus.

Segundo a promotoria, o governador João Doria, o prefeito Bruno Covas e os secretários estadual e municipal de Saúde têm 48 horas para justificar o motivo de não terem adotado medidas oficiais para evitar aglomerações, “deixando os cuidados de controle e prevenção a cargo apenas dos cidadãos”.

A recomendação do Ministério Público foi expedida após o questionamento às secretarias Estadual e Municipal de Saúde sobre medidas de prevenção e planos de contingência. Foi dado um prazo de 10 dias, mas, segundo o MP, o prazo já terminou, e a solicitação ainda não foi atendida.

Assinada pelos promotores Dora Strilicherk e Arthur Pinto Filho, a promotoria também quer a comprovação da existência de uma campanha oficial para informar à população sobre a letalidade do coronavírus.

Também querem explicações sobre medidas de prevenção e contenção ao vírus em presídios, unidades de acolhimento a moradores de rua, idosos, crianças e adolescentes.

Dados a respeito de providências relacionadas à ampliação da rede de saúde, como contratação de médicos, criação de leitos de UTI, compra de equipamentos de respiração, medicamentos e insumos hospitalares também foram questionados.

Em coletiva de imprensa na tarde de hoje, Doria voltou a negar a necessidade de cancelar eventos públicos e suspender aulas em escolas. O governador também lamentou a ação de universidades e empresas privadas que já suspenderam atividades em São Paulo.

Até esta sexta-feira, 50 casos de de coronavírus estão confirmados em São Paulo, estado que vai receber R$ 82 milhões do Ministério da Saúde para novos leitos e equipamentos. A verba, no entanto, representa pouco mais de um terço do que foi pedido ao Governo Federal.

O Globo