Panelas contra Bolsonaro ribombaram em várias partes do país

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Foto: Cristiano Mariz/VEJA

As cenas do fim de semana continuam vivas na cabeça dos brasileiros que ficaram impactados com a postura do presidente Jair Bolsonaro, ao romper a quarentena do coronavírus para confraternizar com apoiadores que pediam, na frente do Planalto, o fechamento do Congresso, o fechamento do STF e o retorno da ditadura militar.

Isso no momento em que o mundo adota medidas emergenciais para tentar controlar uma pandemia mortal que só faz crescer. A falta de uma liderança no controle do país, que trate de maneira ordenada ações na economia, na saúde, na segurança e na infraestrutura, de modo a permitir que o país lute contra o vírus sem se desintegrar em outras frentes foi o combustível da onda de protestos durante uma live do presidente nas redes.

Bolsonaro começou a terça-feira fazendo pouco caso da crise do coronavírus. No meio da manhã, precisou recuar diante da primeira morte no país em consequência da doença. O governo começou a se mexer, anunciou recursos, um comitê de crise instalado tardiamente e a intenção de aprovar no Congresso um decreto de calamidade.

São medidas urgentes enquanto o país torce para que o presidente assuma a função de líder, priorize o combate ao vírus e deixe de lado os inimigos imaginários na política. As forças em Brasília, incluindo a oposição, manifestam o desejo de trabalhar unidas para encaminhar soluções à crise. Não há espaço para o velho “quanto pior melhor”. A crise econômica que se anuncia pegará o país fragilizado como poucas vezes esteve. Quase todos já perceberam.

Ainda há tempo para que um trabalho coordenado, bem articulado com os outros poderes e governos estaduais, faça o país avançar para uma saída menos traumática da crise do coronavírus. Basta que o presidente entenda o recado das panelas, saia das redes sociais, e sente na cadeira do piloto, como disse Rodrigo Maia.

Que seja uma boa quarta-feira no front.

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