PGR bolsomínion vende liberdade a corruptos presos

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: AP Photo/Felipe Dana

O advogado criminalista Alberto Zacharias Toron é crítico aos acordos que têm sido costurados com o empresário Eike Batista e com a J&F, holding que controla a JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, para levantar recursos para o combate à crise do coronavírus.

Ao Painel, Toron afirma que os empresários estão “aproveitando a tragédia dos brasileiros para trocar suas penas por dinheiro para o coronavírus”.

“O Brasil pode estar sendo dividido entre os bilionários que estão dispostos a pagar por sua liberdade e os simples mortais. Esse pode ser um gravíssimo efeito colateral dessa pandemia. A impunidade não pode ser comprada”, afirma o advogado.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, fechou na segunda (23), com o empresário Eike Batista, o primeiro acordo de delação premiada de sua gestão perante o STF (Supremo Tribunal Federal).

A colaboração prevê que ele pague multa de R$ 800 milhões pelos crimes praticados, dos quais R$ 116 milhões à vista, a partir da homologação dos termos pelo Supremo.

Na sexta (20), o MPF (Ministério Público Federal) sugeriu que a J&F antecipasse R$ 11,4 bilhões em pagamentos acertados no seu acordo de leniência, o que a holding recusou.

A ideia é que esses valores sejam utilizados para fortalecer o orçamento da saúde durante a pandemia.

Folha