STF vai ficar do lado dos governadores

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Foto: Orlando Brito/VEJA

No STF, a fala de Jair Bolsonaro na TV — com sua nova estratégia de ir contra a estratégia global de combate ao coronavírus — foi mal recebida pelos ministros.

Entre apoiar medidas de Bolsonaro que desrespeitem orientações técnicas do seu próprio governo e da OMS e apoiar as ações dos estados contra a pandemia, a Corte deve ficar ao lado dos governadores.

Para um ministro, o pronunciamento de Bolsonaro foi a prova de que o país está sem comando e precisa do Supremo para ter segurança jurídica durante o combate ao vírus.

O tribunal vai tentar usar a pauta de julgamentos para evitar que disputas atrapalhem o trabalho de quem está na linha de frente da guerra ao vírus.

“É preciso trazer mais adultos para a sala”, diz um ministro.

Ainda que simpáticos ao trabalho do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os ministros enxergaram sinais de que o auxiliar de Bolsonaro também arrisca “chutes” na discussão de medidas contra a crise.

Segundo um ministro da Corte, há alguns dias, na reunião de chefes de poderes no STF, Mandetta usou o modelo inglês de combate ao coronavírus para atacar a medida anunciada pelo Governo do Distrito Federal de fechar escolas.

Vista com os olhos de Hoje, diz o magistrado, a defesa de Mandetta foi completamente desmoralizada pelo avanço do coronavírus sobre o Reino Unido.

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