Aras ataca Witzel para agradar Bolsonaro

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Jorge William

Augusto Aras usou dois pesos e duas medidas para arquivar e encaminhar ação ao STF sobre declarações de chefes do executivo. Os envolvidos: Jair Bolsonaro e Wilson Witzel.

Em uma ação proposta pelo PSB sobre o aumento da letalidade policial no Rio de Janeiro, o PGR lembrou em seu parecer declarações feitas por Wilson Witzel em que estimulou a morte de bandidos.

Sobre isso, disse Aras:

— Na qualidade de Chefe do Poder Executivo fluminense, as aludidas palavras e opiniões de Wilson Witzel são dotadas de eficácia inerente à posição de destaque”.

Já sobre a ação proposta pelo próprio MPF, que pedia que Bolsonaro se abstivesse de tecer recomendações contrárias às propostas pelo Ministério da Saúde e da OMS, Aras disse que o “ordenamento jurídico brasileiro não contempla a possibilidade de controle apriorístico do conteúdo de pronunciamento de autoridades políticas, nem de particulares”.

Em uma nota de rodapé no parecer do processo contra Witzel, Aras lembrou a Constituição para frisar que “o Presidente da República e, por simetria, os Governadores de Estado não são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

A ação contra Witzel andou, contra Bolsonaro, não.

O Globo