Desidratados, lunáticos pró Bolsonaro voltam à rua

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Foto: Reprodução

Em meio à turbulência gerada no governo federal pela saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, apoiadores de Jair Bolsonaro prometeram fazer uma manifestação na manhã deste domingo (26/4) a favor do presidente. Organizado pela internet e batizado com o nome de Marcha para Brasília, o protesto terá como principal alvo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusado por Bolsonaro há algumas semanas de conspirar para retirá-lo do poder.Continua depois da publicidade

Desde ontem, faixas com críticas ao deputado são colocadas na Praça dos Três Poderes. A intenção dos manifestantes, de acordo com um comunicado de convocação para o protesto divulgado em redes sociais, é montar acampamento nas proximidades do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) até o próximo domingo, quando o movimento bolsonarista quer “fazer um grande ato pela democracia do Brasil”.

Junto ao texto de convite, os organizadores usaram hashtags como #MaiaSabotador, #MaiaTraidorNacional e #ConteComigoPresidente. São esperados manifestantes de todas as regiões do país. “A situação do Brasil não poderia ser pior, certos ratos do Congresso Nacional e do STF estão trabalhando a todo vapor para derrubarem nosso presidente e imporem suas pautas malignas contra a família, contra as nossas liberdades e para beneficiar corruptos e bandidos”, diz o comunicado.

Apesar de o protesto não ter Sergio Moro como foco, os manifestantes devem aproveitar o evento para criticar o ex-ministro. Isso porque ontem, no primeiro dia após a sua tumultuada saída do governo, eleitores bolsonaristas foram ao Palácio da Alvorada para mostrar apoio ao presidente e disseram estar decepcionados com a atitude do mais novo desafeto de Bolsonaro.

Na avaliação de alguns apoiadores, houve traição por parte do ex-ministro. Eles entenderam que a forma como Moro pediu demissão foi desnecessária, e que o ex-juiz poderia ter deixado o cargo sem contaminar tanto o ambiente político. “É como se alguém da sua família, que convive com você todos os dias e sabe de todas as dificuldades que você passa, simplesmente virasse as costas e revelasse tudo, a troco de nada. A conduta dele não foi muito ética e nem profissional”, reclamou o servidor público Geraldo Valadão, 65 anos.

O almoxarife Nicassior Soares, 55, disse que, em meio à crise do novo coronavírus no país, é hora de mostrar ainda mais suporte a Bolsonaro. “Esse não pode ser um problema tão grande ao ponto de a gente largar o presidente. Ele tem o nosso crédito. Se os principais aliados do presidente não o apoiarem agora, ficará mais difícil para ele governar o país. O momento deve ser de união”, comentou. Ele também reprovou a atitude de Moro. “Foi uma surpresa e também uma decepção. O Moro é uma pessoa muito querida e respeitada pelos brasileiros, e a atitude dele causou estranheza. Pelo histórico como juiz, deveria ter dado um exemplo diferente”, opinou.

Correio Braziliense