Eleitor de 2022 perguntará o que Bolsonaro fez durante pandemia

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Foto: Reprodução

A pandemia do coronavírus, de uma forma ou de outra, será a questão chave na eleição de 2022, avalia o cientista político Antonio Lavareda. “Em 2022, o eleitor, quando for votar, vai perguntar: o que você fez por mim durante a epidemia?”, avaliou para a coluna.

Especialista em pesquisas de opinião, Lavareda acredita que hoje a doença está na cabeça do eleitor. “A questão central que torna todas as demais absolutamente periféricas, é essa: ‘o que você está fazendo por mim durante a pandemia?’. E é esse o tema que vai perdurar na frente, com verbo se transformando no pretérito: ‘o que você fez por mim durante a pandemia?’”.

As questões periféricas, avisa o cientista político, são todas as outras que até a chegada do coronavírus no Brasil, em fevereiro deste ano, eram o centro do debate político brasileiro, como a intensa busca pela agenda de reformas. Questões que sempre estão em pauta, como quantas estradas foram construídas em um governo, também ficarão em segundo plano, para Lavareda.

“Essa vai ser a questão central da eleição de 2022. A pandemia tem a dimensão de saúde, e tem a dimensão da economia também. Mas no momento, o medo das pessoas é sobretudo com a sua saúde”, diz.

O cientista político lembra que o quadro político institucional não mudou nada, já que são os mesmos atores políticos ocupando as mesmas funções, e com os mesmos números de cadeiras do Congresso. “Nesse sentido, o cenário não mudou. Mas você pode dizer que a agenda política, como quadro de referência da sociedade, mudou inteiramente, completamente”, explica Lavareda.

Nesse aspecto, o presidente Jair Bolsonaro sai em desvantagem em relação a outros políticos que devem estar na cédula de 2022. Os números da “avaliação do desempenho do Jair Bolsonaro na crise do coronavírus” são de 60% negativa e 40% positiva.

“A avaliação, a percepção do desempenho de Bolsonaro se transformou em uma variável dependente de outra variável, qual seja, o desempenho do presidente na luta contra o coronavírus”, completa.

Enquanto o presidente crítica o isolamento social, por exemplo, 80% dos brasileiros são a favor da medida como a melhor forma de tentar evitar o aumento da contaminação pelo coronavírus.

Responsável por uma pesquisa encomendada pela XP investimentos, o cientista político lembra uma pergunta do último levantamento na qual os entrevistados responderam se estão com medo da epidemia pela questão do contágio ou em relação os efeitos na economia, ou se ambas as coisas.

Cerca de 49% disseram que é por medo do contágio, enquanto 25% afirmaram que é pela economia. Já 24% apontaram que era por ambas as coisas.

A estratégia do presidente Bolsonaro tem sido sempre a de jogar sobre os governadores a responsabilidade pela crise econômica, bastante agravada pelos efeitos decorrentes das medidas de isolamento. Para o cientista político, esse é um falso dilema.

O cientista político lembra que o quadro político institucional não mudou nada, já que são os mesmos atores políticos ocupando as mesmas funções, e com os mesmos números de cadeiras do Congresso. “Nesse sentido, o cenário não mudou. Mas você pode dizer que a agenda política, como quadro de referência da sociedade, mudou inteiramente, completamente”, explica Lavareda. Nesse aspecto, o presidente Jair Bolsonaro sai em desvantagem em relação a outros políticos que devem estar na cédula de 2022. Os números da “avaliação do desempenho do Jair Bolsonaro na crise do coronavírus” são de 60% negativa e 40% positiva. “A avaliação, a percepção do desempenho de Bolsonaro se transformou em uma variável dependente de outra variável, qual seja, o desempenho do presidente na luta contra o coronavírus”, completa. Enquanto o presidente crítica o isolamento social, por exemplo, 80% dos brasileiros são a favor da medida como a melhor forma de tentar evitar o aumento da contaminação pelo coronavírus. CONTINUA APÓS PUBLICIDADE Responsável por uma pesquisa encomendada pela XP investimentos, o cientista político lembra uma pergunta do último levantamento na qual os entrevistados responderam se estão com medo da epidemia pela questão do contágio ou em relação os efeitos na economia, ou se ambas as coisas. Cerca de 49% disseram que é por medo do contágio, enquanto 25% afirmaram que é pela economia. Já 24% apontaram que era por ambas as coisas. A estratégia do presidente Bolsonaro tem sido sempre a de jogar sobre os governadores a responsabilidade pela crise econômica, bastante agravada pelos efeitos decorrentes das medidas de isolamento. Para o cientista político, esse é um falso dilema.

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