Empresários contrários a isolamento comemoram queda de Mandetta

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Foto: Rodrigues Pozzebom

Nos setores mais afetados pela crise, a troca do ministro foi bem recebida. Manoel Linhares, presidente da Abih (associação da indústria de hotéis), diz que faltava sintonia entre Mandetta e Bolsonaro. Ele espera que um novo modelo de isolamento, só com pessoas do grupo de risco, seja analisado para retomar as atividades aos poucos.

“Estava ficando sufocante. Sendo otimista, a hotelaria vai demorar três anos para voltar [ao desempenho de antes da pandemia]”, afirma Linhares.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes), afirma que a dissonância entre presidente e ex-ministro causou incerteza no setor privado. “O que está matando o empresariado é não saber o que fazer porque tem dois discursos”, diz. Segundo ele, sob o ponto de vista de gestão, Mandetta perdeu valor.

Após uma nova decisão do Tribunal de Justiça do RS, que por causa da pandemia considerou ser necessário evitar o custo burocrático de uma recuperação judicial para um grupo de produtores rurais em dificuldade, o advogado Euclides Ribeiro Silva, da ERS Advogados, prevê um aumento de soluções expressas.

Segundo Silva, a medida pode antecipar uma tendência na tentativa de evitar a enxurrada de recuperações judiciais nos próximos meses.

Folha