Exames por analisar impedem diagnóstico real da pandemia

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Foto: TV Globo/Reprodução

A relação direta entre as medidas de isolamento e o achatamento da curva de casos de coronavírus em São Paulo tem sido questionada por especialistas e secretários estaduais de Saúde. A fila de exames ainda não analisados e a mudança de protocolo para testes apenas em casos graves podem distorcer a curva. O coordenador do Controle de Doenças da secretaria estadual de Saúde de São Paulo, Paulo Menezes, pede cautela na análise.

“A gente precisa de mais informação e de mais tempo para ter uma visão mais clara. O gráfico é uma sugestão”, diz Menezes, ressaltando que outros indicadores sugerem também desaceleração, mas ainda não dão convicção. Infectologistas consultados dizem o mesmo, mas ressaltam que o fato de o sistema de saúde do estado estar sobrevivendo mostra eficácia das medidas.

A orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde é no sentido de manter ações de distanciamento social e quarentena.

Nas redes sociais, Doria divulgou gráfico que mostrava desaceleração e disse que era graças às medidas. Fábio Vilas-Boas, secretário de Saúde da Bahia, rebateu, chamando de “desaceleração fake”. “Resultado da interrupção da realização dos testes em todos os sintomáticos. Agora só realizam em pacientes internados graves.”

A mudança de padrão em SP, de só fazer exames em casos graves, começou junto com o isolamento. Além disso, até o início da semana passada, o Instituto Adolfo Lutz tinha uma fila de 14 mil testes aguardando resultado, causando distorção na análise.

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Folha