“Fora, Bolsonaro” marcará 1º de maio

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Foto: Reprodução

As maiores centrais sindicais do país estarão unidas amanhã, nas comemorações do 1º de maio, em defesa do “Fora, Bolsonaro”, do isolamento social e da manutenção do emprego e renda dos trabalhadores. Sem as tradicionais manifestações na rua, em um ato transmitido pela internet, dirigentes sindicais buscarão articular uma frente ampla em favor da democracia e da Constituição.

No palanque virtual, estarão políticos de diferentes partidos, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e a ex-senadora Marina Silva (Rede).

No ato organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB, CGTB, NCST e movimentos populares, está prevista também a participação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A presença das três autoridades, no entanto, mas não foi confirmada até a noite de ontem. Sindicalistas, políticos e autoridades gravaram vídeos para serem exibidos em uma ‘live’ que deve durar quatro horas. Segundo a Força Sindical, o cantor inglês Roger Waters enviou um vídeo cantando “We shall overcome”. Em vez de sorteios, as centrais arrecadarão doações.

Para a CUT, a defesa da democracia passa pelo “fim do governo de Jair Bolsonaro e se traduz no ‘Fora, Bolsonaro’”. Na avaliação da central sindical, “não há democracia, empregos, saúde, educação nem políticas sociais” na atual gestão federal.

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que também defenderá o fim do governo Bolsonaro. “Vivemos um desgoverno. Bolsonaro destrata a população e faz declarações absurdas. Defendo que ele renuncie. O processo de impeachment é muito desgastante”, disse. Em seu discurso, o dirigente sindical afirmou que reforçará a importância do papel dos sindicatos nas negociações, e falará em favor da manutenção da quarentena para controlar o número de casos de covid-19.

No comando da UGT, Ricardo Patah afirmou que defenderá a “democracia, a liberdade e a Constituição”. Segundo Patah, o ato das maiores centrais será “um movimento amplo para consolidar os valores conquistados” depois do fim da ditadura. “Precisamos conscientizar o povo sobre a importância desses valores, que foram tão difíceis de serem conquistados”, disse. “Temos que impedir ações como as do presidente, que insinuam uma volta à ditadura.

É preciso que haja uma reação forte.” É a terceira vez que as maiores centrais sindicais se unem para fazer um ato conjunto do 1º de maio.

A Intersindical e a CSP-Conlutas também uma ‘live’ à parte, com a defesa dos “direitos, salário, emprego, renda e da quarentena”, e um panelaço pelo “Fora, Bolsonaro”.

Valor Econômico