Governadores são alvo de onda de fake news

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Foto: vchal/iStock

Desde o acirramento do embate entre os Estados e a Presidência, cresce exponencialmente a onda de notícias falsas que têm governadores como alvo. O grosso dessas fake news circula em grupos de WhatsApp. A propagação, quase sempre, é feita de forma articulada, muitas vezes com uso de robôs, segundo relatos feitos à Coluna por governos que se empenham em desmentir e as rastrear ataques. Há alguma sofisticação em certos conteúdos e as vítimas, em privado, dizem suspeitar do “gabinete do ódio” na produção e na disseminação da praga.

No Pará, três inquéritos para apurar fake news de cunho político foram abertos pela Polícia Civil após o início da pandemia do coronavírus.

Em São Paulo, foi aberto uma espécie de gabinete de crise para combater as fake news depois das ameaças contra o governador João Doria (PSDB).

O tucano fez uma nova queixa-crime à Polícia Civil contra um perfil intitulado “robô conservador” por crimes de injúria e infração de medida sanitária. Nas redes sociais, ele teria chamado Doria de “vagabundo” e convocado um grupo para protestar em frente à casa do tucano.

“Nesta crise terrível, infelizmente, essa quadrilha, esse gabinete do ódio, que atua espalhando fake news, resolveu intensamente se voltar contra os governadores. Só servem para atrapalhar, com seus crimes e delírios”, disse à Coluna Flávio Dino (MA).

O governador Camilo Santana (PT-CE) também é um dos alvos preferenciais. Eduardo Leite (PSDB-RS), considerado menos “combativo”, sofre menos com os ataques.

Estadão