Maia confirma redução de R$ 150 mi nos gastos da Câmara

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, 7, que vai reduzir as despesas da Casa em R$ 150 milhões para que o dinheiro seja usado no combate à covid-19. Na lista de cortes estão viagens de parlamentares, horas extras de servidores, além de suspensão de obras e reformas que ainda não tenham sido iniciadas.

A portaria, ainda não publicada, divide os cortes entre despesa pessoal (R$ 43 milhões), investimentos (R$ 49 milhões) e custeio operacional (R$ 58 milhões). O texto foi encaminhada ao diretor-geral da Casa, Sérgio Sampaio.

Segundo Maia, a decisão do corte de despesas para investir no enfrentamento à crise causada pela pandemia foi tomada em acordo com os líderes dos partidos da Câmara. “Entramos inclusive em despesas de passagens, horas extras, tudo aquilo que nesse momento sabemos que não é necessário. Com a certeza de que a Câmara dos Deputados precisa e sempre dará sua contribuição, nesse momento de crise, não apenas com projetos, mas também com atos em que a gente economize recursos”, afirmou o presidente da Câmara.

Na lista de cortes estão ainda itens como a contratação de novos serviços que não sejam essenciais, a aquisição de equipamentos e mobiliários e eventos não relacionados à atividade legislativa.

“Em razão da decretação do estado de calamidade pública, fruto da pandemia causada pela emergência de saúde pública de importância internacional relacionada ao coronavírus, e consequente efeito drástico na economia dos países, em especial na arrecadação tributária, faz-se necessário reduzir as despesas da Câmara para que os recursos públicos possam ser redirecionados para o combate à doença e seus efeitos”, afirma Maia no documento apresentado nesta terça-feira, 7.

Além do corte nas despesas, outras iniciativas ainda em discussão na Câmara também preveem destinação de mais recursos para o combate da covid-19. Entre eles estão projetos que preveem o uso dos R$ 2 bilhões reservado para bancar gastos de candidatos nas eleições deste ano e até o corte de salários de parlamentares e servidores públicos.

A proposta de corte de salários, porém, tem poucas chances de avançar, segundo disse Maia na semana passada. “Fica uma posição difícil quando o ministro da Economia diz que não há necessidade de se discutir esse tema agora”, afirmou Maia na quarta-feira, 1º.

Dias antes, o ministro Paulo Guedes disse a investidores que não era favorável à proposta como forma de captar recursos públicos para o enfrentamento da pandemia.

Estadão