Ministro do STF cobra providências do Legislativo

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Foto: Cristiano Mariz/VEJA

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, acompanhou o pronunciamento de demissão do ex-ministro Sergio Moro. Não gostou do que ouviu, elogiou Moro e recorreu ao bordão que “de tédio não morremos”.

Marco Aurélio disse ao Radar sobre o conteúdo das revelações de Moro.

“Tudo que foi colocado é muito ruim. O ex-ministro Moro foi muito elegante e tem minha admiração. Tem que se manter a independência dos órgãos, é a segurança do cidadão”.

Sobre as consequências que podem alcançar o conteúdo da fala de Moro, que revelou ações de ingerência e tentativas de Bolsonaro em interferir na PF e também ter alguma interferência ao que ocorre no STF que o envolve e sua família.

“O amanhã dirá, vamos aguardar. Não alcançou o Supremo. O Supremo é supremo. Pode inclusive cassar atos do presidente da República”.

O ministro foi perguntado se os fatos apontados por Moro podem levar ao impeachment do presidente Bolsonaro. Respondeu:

“Com a palavra, o Poder Legislativo”.

Marco Aurélio aproveitou e comentou sobre a chegada de Bolsonaro ao poder. Anteviu os riscos.

“Num seminário, no verão de 2017 discorri sobre risco de se eleger um presidente populista de direita. Temia pelo Brasil. Foi eleito então um deputado federal, o Jair Bolsonaro, que passou o tempo todo batendo em minorias e fez da vida parlamentar aquele temor. Não foi premonição, decorre da minha visão prognóstica e o que tenho acumulado”

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