PT quer militares contra Bolsonaro

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Foto: Leo MALAFAIA/AFP

A deixa foi dada à militância petista por Lula na manhã desta quinta-feira, 23, pelo Twitter: “É preciso começar o ‘Fora, Bolsonaro’ porque não é possível a gente permitir que ele destrua a democracia. As instituições já deveriam ter reagido. A única coisa que o Bolsonaro não faz é dizer onde está o Queiroz e quem mandou matar a Marielle. Ele não responde nada”, escreveu o ex-presidente, condenado a 26 anos de prisão por corrupção.

Com isso, Lula, que até recentemente cumpria pena em uma cela em Curitiba, mostra quem continua sendo o timoneiro do PT. No dia 9 de abril, o partido decidiu que não havia clima para aderir ao “Fora, Bolsonaro!”. A legenda entendia ser legítima a pregação proposta pela militância, mas afirmava que não engrossaria o coro. Magnânimos, os dirigentes diziam que o momento era de combate à pandemia de coronavírus.

Um importante membro da cúpula petista conta que a “irresponsabilidade e da incapacidade” que Bolsonaro demonstrou no combate à pandemia, além de sua atitude de ir à manifestação em frente ao Quartel-General do Exército no domingo, 19, inviabilizam a permanência dele na presidência da República.

O PT convocará uma reunião de sua executiva para nos próximos dias para avaliar as implicações da campanha “Fora, Bolsonaro!”. Até lá, emissários da legenda vão tentar construir pontes com os mais diversos setores, passando por partidos políticos e empresários. O senador Jaques Wagner e o ex-chanceler Celso Amorim, ex-ministros da Defesa dos governos petistas, receberam a missão de retomar conversas com os militares.

Para Lula e os dirigentes do partido, o vice-presidente Hamilton Mourão, que assumiria o lugar de Bolsonaro num eventual impedimento, é muito mais democrata que o presidente. Em tempo: em setembro de 2015, três meses antes do início do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Mourão foi acusado pelos petistas de pregar um golpe contra a presidente.

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