Redes sociais discutem mais política que pandemia
Foto: Imago Imagens/ Fotoarena/ R. Buhrer
Apesar do aumento do número de infectados e de vítimas do coronavírus, as redes sociais preferem discutir hoje política.
Segundo levantamento feito pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (DAPP-FGV), o coronavírus foi superado pela política nas redes sociais no último dia 16, com a demissão do então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, movimento que explodiu na última sexta (24), com a saída de Sergio Moro da Justiça.
Desde o dia 31 de março, a pandemia era o principal tema das redes sociais, com um fluxo de menções no Twitter em torno de 2 mil interações. O número sobe de patamar com Mandetta, com 2,5 mil menções e explode com Moro, com mais de 6 milhões de postagens na rede social.
As menções ao assunto voltaram a cair nos dias seguintes, mas a política permaneça acima da doença nos temas tratados na rede social.
O DAPP também nota certa homogeneidade no discurso da direita, que passou a atacar, depois de Moro, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-aliada do clã Bolsonaro, com divulgação de áudio em que supostamente solicita a criação de perfis falsos ao gabinete do ódio.
Já os perfis ligados à esquerda e à centro-direita concentraram críticas às falas de Bolsonaro.