Bolsonarista é condenado por ameaçar Alexandre de Moraes

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução/STF

O engenheiro Antônio Carlos Bronzeri, da Frente Brasileira Conservadora, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de ameaça, injúria e difamação cometidos durante ato na frente da casa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O ativista foi preso durante a manifestação por ameaçar familiares do ministro. Um outro participante do ato também foi denunciado.

A denúncia é assinado pela promotora Alexandra Milaré Toledo Santos. Ela relembra que, durante o ato, Bronzeri utilizou de um auto-falante para ameaçar o ministro. Em um momento, o ativista teria dito que ‘você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui a vinte anos” e ‘nós iremos defenestrá-los da terra’. O grupo de manifestantes acoplou um caixão a um dos veículos utilizados no protesto para, segundo a promotora, ‘simular a morte’ de Moraes.

“Na mesma ocasião, os denunciados, juntamente com os coautores não identificados, em via pública, aos olhares de vizinhos e transeuntes, injuriaram e difamaram a vítima chamando-a, através do microfone acoplado ao auto-falante, de ‘advogado do PCC’, ‘ladrão’, ‘corrupto’, ‘covarde’, ‘canalha’, ‘safado’, ‘veado’, ‘maricas’, dentre outras ofensas, sendo toda a ação gravada por câmeras”, detalhou a promotora.

A promotoria destaca que as manifestações ocorrem em meio à pandemia de Covid-19, desobedecendo normas do Ministério da Saúde e demais regulamentos.

Bronzeri foi alvo na semana passada de notícia-crime movida pelo governador João Doria (PSDB) após publicar vídeo no Youtube defendendo aos moradores de São Paulo que reabrissem seus comércios e chamá-lo em caso de empecilho para enxotar fiscais do governo ‘a pontapés’.

O advogado Fernando José da Costa, que defende o governador, alega ter visto ‘crime de resistência’ nas declarações, visto que decretos estaduais restringem a abertura de serviços apenas para aqueles considerados essenciais. A medida foi adotada para reduzir o contágio pelo novo coronavírus no Estado, epicentro da covid-19 no País.

Estadão