Bolsonaro quer empurrar cloroquina para “pobre e idoso”

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Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro criticou em live nas redes sociais nesta quinta-feira (21/05) o requerimento do Partido do Trabalhadores (PT) que pediu o cancelamento do novo protocolo do Ministério da Saúde sobre uso da medicação. O partido solicitou que o governo federal não seja autorizado a “indicação e promoção” do uso de medicamentos que não tenham eficácia comprovada no tratamento da covid-19.

“Lamentável. Um grupo de senadores do PT entrou, acho que ontem ou hoje no TCU pedindo pra que esse nosso entendimento deixe de ser válido, ou seja, voltar basicamente ao que era antes. O pessoal do SUS não pode usar, parte dos hospitais particulares, do pessoal que tem mais recurso é até bom que tenha gente que consiga pagar o plano de saúde dele, se todo mundo for pro público que já tem problema, vai ficar pior ainda. Eles vão continuar tendo”.

Bolsonaro completou dizendo que caso o partido ganhe a causa, a medicação vai parar no mercado negro custando de R$ 1 mil a R$ 5 mil a caixa. Ele apelou para o senador Humberto Costa que reconsiderasse a medida. “A gente lamenta o requerimento do senhor Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que quer fazer com que o pobre não tenha acesso à hidroxicloroquina. E se não tiver acesso, o que pode acontecer: sumir das farmácias a hidroxicloroquina, vai para o câmbio negro, vai valer R$ 1 mil, 2 mil, 5 mil reais uma caixa. A gente apela ao senador Humberto Costa que já foi ministro da saúde, como não temos outro remédio, deixe o pobre, o idoso, aquele que tem algum tipo de doença, fazer o uso da hidroxicloroquina de graça nos hospitais. Eu peço quase que pelo amor de Deus, é vida. O PT não pode tirar o direito de lutar pela vida de qualquer um. Cada vez mais eu me convenço que é uma briga partidária, que é uma briga ideológica isso aí. Desde o começo eu falo na hidroxicloroquina. Eu sei que não sou médico, eu cumpro qualquer missão mas não sou médico não, sou mergulhador também, mas temos que dar uma esperança”, apontou.

O chefe do Executivo insistiu que ‘muita gente se curou’ com o remédio em questão. “Tem muita gente que diz que se curou com isso. Lá em SP temos o Kalil [médico Roberto Kalil]. Agora tem o governador de Roraima, o Denarium, vou ligar para saber se é verdade. Ele foi acometido pelo Covid-19 e tomou a cloroquina com azitromicina. Nós sabemos que não tem uma comprovação científica e não tem nenhum remédio comprovado, mas tem muitos relatos de médicos, de pessoas com comorbidades que tomaram desde o começo a hidroxicloroquina e está vivo. Alguns morrem, é lógico. Nem todo mundo toma remédio e vai se curar. Mas a grande maioria está vivo e conta a sua experiência e muitos hospitais particulares têm receitado”, concluiu.

Correio Braziliense