Brasil se aproxima do maior número de mortes no mundo

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Foto:Michael Dantas/AFP

O Brasil representou 9,2% das mortes no mundo em 24 horas por covid-19 no mundo. Segundo o informe diário apresentado pela OMS, nesta quinta-feira, 6.500 mortes foram contabilizadas no mundo nas últimas 24 horas que antecederam o encerramento da contagem da agência. Desse total, 600 foram no Brasil.

Os dados da OMS estão defasados e dependem da transparência de cada um dos governos no mundo. Para reunir a informação de todos os países do mundo, ela depende que cada um dos governos transmita o dado para Genebra.

A agência encerrou a coleta de dados às 5h da manhã desta quinta-feira (horário brasileiro), o que impede que se tenha as informações mais atualizadas.

Ainda assim, o registro sobre o Brasil coloca o país como o terceiro com maior número de óbitos do mundo por conta do coronavirus no período avaliado e diante da informação disponível. O país também é o maior foco da doença em todo o Hemisfério Sul do planeta e somava, no momento da coleta de dados da OMS, 7,9 mil mortes.

No total, os países informaram à OMS a existência de 6,5 mil mortes nas últimas 24 horas, causadas pela Covid-19. Quase 10%, portanto, viria dos dados brasileiros.

No Reino Unido, foram mais 649 mortes. Os americanos lideram com 2,4 mil mortes nas últimas 24 horas e um total de 65,2 mil óbitos.

Juntos, americanos, brasileiros e britânicos representam mais da metade de todos os mortos.

No mundo, pela contagem da OMS, são 3,6 milhões de casos e 254 mil mortes. A Europa continua a liderar, com 1,6 milhões de casos, 80 mil a mais que o continente americano. Em termos de mortes, são 150 mil na Europa e 84 mil nas Américas.

O Brasil também aparece com destaque entre os países com o maior número de novos casos. No período examinado pela OMS, foram 6,9 mil novos casos e um total de 114 mil pessoas contaminadas.

Apenas os EUA, com 22 mil novos casos, e a Rússia, com 11 mil, superaram o Brasil nas 24 horas examinadas.

A OMS aponta que, apesar de publicar os dados, a agência está ciente do fenômeno da subnotificação e da dificuldade de dezenas de países em saber exatamente quantos casos existem em seu território.

Para a agência, o salto no número de um certo país pode estar relacionado com uma maior capacidade de testes. Mas, se ao longo dos dias tal taxa não cai, ela revela uma dimensão da crise.

Uol