Centrais sindicais desencadeiam campanha pelo impeachment

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Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Onze centrais sindicais lançam, nesta segunda-feira (18), uma campanha pela saída do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O “Fora Bolsonaro” será lançado oficialmente às 20h pelas redes sociais e incluirá a fixação de cartazes, a começar nesta madrugada, com a colagem de 10 mil exemplares em São Paulo. Às 21h, haverá uma projeção na cidade.

Presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo afirma que a meta é fixar um milhão de cartazes por todo o país.

No comemoração do Dia do Trabalho, apenas a CTB defendeu o Fora Bolsonaro. CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical optaram pelo “Basta”.

O presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, explica que a insatisfação com o governo de Bolsonaro vem crescendo devido à postura do presidente ante a pandemia da Covid-19.

“Não tem jeito. Chegamos a um momento em que o povo já percebe que o país está sem governo. Só causa confusão”, afirmou Miguel Torres, segundo quem o presidente briga até com a ciência.

Para Torres, o ideal seria que o movimento crescesse ao ponto de Bolsonaro renunciar ao cargo, já que, além de traumático, o processo de impeachment demoraria muito.

Araújo, por sua vez, lança dúvidas sobre a viabilidade do impeachment do presidente. Mas, segundo ele, a mobilização pode fomentar pode repercutir, levando a manifestações populares.

“Tenho dúvidas se Bolsonaro seria derrotado caso fosse julgado hoje”, admite.

O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Sérgio Nobre, também tem dúvidas sobre o sucesso de um processo de impeachment no Congresso Nacional. Para ele, no entanto, é necessário fazer esse debate com a sociedade.

“É um governo que não conversa com ninguém. Estamos preocupados com o crise que está se desenhando a partir desse desgoverno. O povo não merece”, afirmou.

Até a tarde desta segunda-feira, a logomarca da UGT (União Geral dos Trabalhadores) estava fora do modelo de cartaz distribuído pelas centrais.

Como a central aderiu ao movimento após uma reunião, seu nome foi incluído no material divulgado nas redes sociais. Mas não nos cartazes impressos.

Secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que a campanha inicia-se em São Paulo, mas vai para todos os estados.

Folha