Demissão do 2° ministro em meio à pandemia choca o mundo

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Foto: Evaristo Sa/AFP/Arquivo

A imprensa internacional repercutiu a saída cargo de ministro da Saúde de Nelson Teich nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta, em plena pandemia de Covid-19. Ele sucedeu Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido, após desentendimentos com o presidente Jair Bolsonaro.

O afastamento do ministro acontece na semana em que o Brasil superou França e Alemanha no número de infectados pelo novo coronavírus, o Sars-Cov-2, de acordo com balanço da universidade americana Johns Hopkins.

O jornal norte-americano “The New York Times” publicou que a saída de Teich foi marcada pelas divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação à adoção de medidas de distanciamento social e lockdowns. O “NYT” relembrou também que a decisão vem apenas um mês após a saída de Mandetta “pelos mesmos problemas”.

O jornal argentino “Clarín” destacou que Teich tinha “diferenças com o presidente” Jair Bolsonaro. O “Clarín” reforçou que o então ministro, assim como seu antecessor Luiz Henrique Mandetta, discordaram de Bolsonaro em relação às medidas de isolamento social para o combate ao coronavírus no Brasil.

 

O jornal português “Diário de Notícias” diz que o ministro Nelson Teich se demitiu após se sentir desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro. O “DN” ressaltou que o Brasil terá um terceiro ministro para a pasta durante a Pandemia e relembrou que Teich foi avisado pelos jornalistas, durante uma entrevista coletiva, sobre a decisão do governo brasileiro de ampliar a lista de profissões essenciais durante a crise da Covid-19, acrescentando academias, cabeleireiros e manicure entre os serviços.

O jornal britânico “The Guardian” informou a saída do ministro com o título: “Brasil perde um segundo ministro da Saúde em menos de um mês”. A publicação afirma que Teich discordou do presidente Jair Bolsonaro e lembrou que o Brasil já ultrapassou em número de casos a França e a Alemanha.

A rede BBC anunciou a saída do ministro Teich e lembrou que Brasil é o país da América Latina mais atingido pela pandemia, com mais de 200 mil casos de infectados pelo novo coronavírus.

O jornal “El País” destacou em seu site que a demissão do ministro Teich acontece apenas um mês depois de tomar posse. A reportagem afirma que o ministro ficou em evidência durante esta semana após ter sido avisado do decreto presidencial que autorizava salões de beleza e academias a funcionar durante a pandemia enquanto dava uma entrevista coletiva.

O site do jornal “El Mundo” publicou que a escalada da tensão entre Jair Bolsonaro e o ministro Teich era “cada vez mais evidente”. O espanhol destacou que o ministro ficou apenas 28 dias no cargo e que as diferenças entre os dois teve grande peso na sua demissão.

A publicação italiana reforçou a “incompatibilidade” entre o ministro Nelson Teich e o presidente Jair Bolsonaro. O “Corriere” lembrou que Teich é o segundo a deixar a pasta durante a pandemia e que Bolsonaro se isola em uma linha negacionista para não aumentar a crise econômica no país.

G1