Doria chama bolsonaristas de “milicianos

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou o ataque ao repórter fotográfico do ‘Estado’ Dida Sampaio, ao motorista do jornal Marcos Pereira e a outros profissionais de imprensa no domingo, 3, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, em manifestação que defendia atos antidemocráticos. Durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes para tratar do coronavírus, ele entregou flores a uma repórter da TV Record e citou ataques realizados por grupos bolsonaristas contra outros profissionais.

Doria começou o pronunciamento com uma narrativa dele sobre o tema: “Líderes da política, líderes de comunidades e principalmente profissionais de Saúde que, em Brasília, faziam a manifestação pacífica foram agredidos com xingamentos socos e pontapés. O mesmo ocorreu ontem em Brasília, mais uma vez, em frente ao Palácio do Planalto com jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas de veículos de comunicação, em especial um fotógrafo do Jornal O Estado de São Paulo, que foi covardemente agredido”.

“Eu queria registrar aqui, como governador do Estado de São Paulo eleito por 11 milhões de votos, e como cidadão e brasileiro que sou, o repúdio a esses milicianos fantasiados de patriotas que desrespeitam a vida, promovem o ódio, estimulam agressões e empregam agressões contra profissionais de saúde e jornalistas”, afirmou o governador.

“Vocês não representam os verdadeiros patriotas deste país e não representam o sentimento majoritário dos brasileiros. Vocês representam o ódio, a incapacidade de compreender a situação difícil e dramática que estamos passando no Brasil neste momento”, prosseguiu.

”Nós não temos a imoralidade. Nós condenamos. Como repudiamos também qualquer atentado contra a democracia em nosso País. Confrontar a democracia no Brasil é aplaudir a ditadura. É estimular um pensamento único, sem contestação. E, disso, os brasileiros de bem não têm saudade.”

Por fim, Doria disse que “aqui em São Paulo, repudiamos o ódio e respeitamos o trabalho dos Profissionais de Saúde. Todos eles, indistintamente. E respeitamos também indistintamente o trabalho da imprensa, com toda a liberdade que tem para reproduzir informações e críticas a quem quer que seja”.

Estadão