Doria ignora pressão de empresários por abertura

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A reunião de Jair Bolsonaro com empresários, organizada pela Fiesp e na qual o presidente pediu pressão sobre governadores, não abalou nem comoveu João Doria, que viu no gesto exagero típico do teatro político, segundo interlocutores dele. O tucano, em privado, se diz sensível aos impactos da covid-19 sobre o setor produtivo e cita, inclusive, seu irmão, Raul Doria, como um dos prejudicados pela crise.

Segundo a Coluna apurou, familiares e amigos do governador acham que o isolamento já se estendeu demais. Doria, porém, se mantém firme em priorizar a saúde da população, com tendência de manter por mais tempo as restrições e até endurecê-las ainda mais

Escuta. No entorno mais íntimo do governador, os que defendem o afrouxamento das restrições dizem que a taxa de ocupação das UTIs no Estado de São Paulo mostra sinais de estabilidade. Esses argumentos e pedidos já teriam até evitado a decretação do lockdown no Estado. Resta saber até quando.

Calma. Na terça, a um grupo de empresários, como mostrou a Coluna, Doria prometeu um plano de saída do isolamento que evite “recaídas” e mortes.

Com cuidado. O conselheiro da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), Vander Giordano, apresentou a Dias Toffoli o protocolo de segurança criado para subsidiar a reabertura dos shoppings. A entidade pede ao poder público a autorização para a volta das atividades.

Com cuidado 2. Além das medidas recomendadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde, a associação determinou aumento na oferta de álcool em gel e o controle do número de clientes nos empreendimentos.

Perdas. De acordo com a entidade, o setor já teve prejuízos de cerca de R$ 25 milhões e passa por uma situação inédita em que todas as unidades do País foram fechadas devido à pandemia.

Anote aí. O Centrão não gostou do artigo do vice Hamilton Mourão no Estado. Líderes expressivos do bloco parlamentar consideraram o texto “dispensável” por não ajudar neste momento ao trazer “fantasmas” para o debate.

Amado mestre! A fatídica reunião ministerial de Bolsonaro já ganhou a pecha entre os políticos de “Escolinha do Professor Jair”.

Novo… O grupo de trabalho coordenado pela Anac em conjunto com a Anvisa apresenta hoje estudo sobre as novas medidas sanitárias para a aviação. Máscaras deverão ser mesmo obrigatórias, mas os viajantes poderão utilizar as caseiras.

…mundo. Deverá ser definido também a distância de dois metros entre passageiros nas filas ou salas de espera, principalmente durante o check-in e o embarque. A circulação nos aeroportos será restrita. O documento será entregue à Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). Leia mais aqui.

Alerta. Executivos da Acciona, a empresa espanhola que assumiu o compromisso de retomar as obras da Linha 6 do Metrô de São Paulo, estão alegando “questões econômicas decorrentes da pandemia da covid-19” para tentar rever as condições já acertadas.

Alerta 2. Segundo a Coluna apurou, a empresa tenta abrir uma porta jurídica para, no limite, servir como saída do negócio. O contrato original caduca dia 24. O governo paulista, então, precisará cobrar da Acciona o cumprimento integral do acordo antes dessa data.

Rodrigo Agostinho, deputado federal (PSB-SP): “É a devastação institucionalizada por decreto. Mais um triste capítulo na saga da destruição das florestas brasileiras”, sobre decreto que altera a gestão de florestas públicas para o Ministério da Agricultura.

Estadão