Doria prevê avalanche de mortes em SP

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Foto: Fotoarena / Agência O Globo

Um estudo divulgado hoje pelo governo de São Paulo projeta que, até o fim de maio, o estado por ter entre 9 e 11 mil mortos pelo novo coronavírus. Isso num cenário otimista, em que o isolamento social seja de ao menos 55%. Além disso, é possível que a região tenha entre 90 e 100 mil casos no mesmo período.

No entanto, como este percentual de adesão à quarentena não foi alcançado nos últimos três dias, a expectativa é de números ainda piores. O estado anunciou hoje a prorrogação da quarentena até pelo menos o dia 31 de maio.

“A curva projetada até o dia 31 de maio projeta entre 90 e 100 mil casos no estado de São Paulo. Nós não conseguimos alterar esta curva com as medidas que nós tomamos hoje, porque a curva já está em curso”, disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que na sequência falou do impacto nas mortes.

“Podemos chegar entre 9 mil e 11 mil mortos. Isto considerando 55% de isolamento social. Isto foi menor e obviamente que estes números são piores.”

Mas ele ressaltou que cada dia reflete a realidade de isolamento social de duas semanas atrás. Por este motivo, alterar a adesão ao isolamento social só terá reflexo nas estatísticas daqui 15 dias. Até esta sexta-feira, São Paulo tem até o momento 3.406 mortes causadas pelo novo coronavírus.

“Vamos começar a poder alterar a curva em duas semanas. Em relação a óbitos, é a mesma coisa”.

O governo do estado está bastante preocupado com a taxa de isolamento social, que nos últimos três dias fechou em 47%. O diretor do Instituto Butantan afirmou que o sistema de saúde dará conta da pandemia somente se a adesão atingir 55%.

O secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, afirmou que não faz sentido prorrogar a quarentena se as pessoas não ficarem em casa. Ele acrescentou que o resultado pode ser trágico.

“A prorrogação tem que estar acompanhada de uma melhora na nossa taxa de isolamento. Tem que estar entre 55% e 60%. Se não conseguirmos isto, teremos problemas para atender os pacientes.”

Uol