Filhos de Bolsonaro lhe causam cada vez mais problemas

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Foto: Antonio Milena/VEJA

“Se alguém mexe com um filho teu, não interessa se ele está certo ou está errado, você se preocupa”. A frase é de Jair Bolsonaro. Foi dita há um ano ao diretor de redação, Maurício Lima, e ao redator-chefe Policarpo Junior, na primeira entrevista exclusiva concedida por ele a VEJA, mas poderia ter sido hoje.

O escândalo de interferência política na Polícia Federal que ronda o gabinete de Bolsonaro passa pela preocupação com os filhos. É o que ficará evidente em poucas horas, quando o decano do STF, ministro Celso de Mello, liberar ao país o vídeo da famosa reunião de 22 de abril.

Nele, será possível constatar que a preocupação de Bolsonaro cresceu. Dos filhos, evoluiu para amigos, além dele próprio. O caso das rachadinhas na Assembleia e na Câmara de Vereadores do Rio, o escândalo das fake news na mira do STF e de uma CPI no Congresso, além da organização de protestos golpistas seriam os motivos para Bolsonaro tentar controlar a PF em Brasília e no Rio, segundo Sergio Moro.

Desde que Moro se demitiu e revelou ao país de que eram feitas as relações de Bolsonaro com os órgãos de Estado que desejava controlar, uma série de depoimentos de autoridades só reforçaram os planos inconfessáveis do presidente.

Os militares que integram o núcleo duro de Bolsonaro no Planalto fortaleceram as acusações de Moro sobre a pressão presidencial para mandar na PF. Os delegados também revelaram movimentos de Bolsonaro e do seu amigo Alexandre Ramagem que fortaleceram o conjunto de evidências de ação ilegítima do presidente.

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