Lula e Teich discutem via redes sociais

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Adriano Machado/Reuters

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Saúde, Nelson Teich, trocaram críticas nas redes sociais na noite desta terça-feira (5). Teich respondeu a uma publicação de Lula no Twitter, em que o ex-presidente diz que o ministro não tem experiência como médico e é ligado aos planos de saúde.

“Esse novo ministro da Saúde, a impressão que eu tenho é de que ele nunca entrou em uma UBS. Que ele só entrou em hospital pra vender plano. É um cara especialista em fundos, não deve nunca ter tirado a pressão de um paciente. Espero não precisar nunca tomar uma injeção com ele”, escreveu o ex-presidente.

Em resposta, citando o tweet de Lula, Nelson Teich escreveu que “um dos pontos mais graves da Covid-19 é a propagação da desinformação”. O ministro da Saúde citou uma mensagem que recebeu da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO, na sigla em inglês) o parabenizando pela nomeação, como referência à sua experiência como médico.

Teich também afirmou que começou a sua carreira atuando na rede pública. “Eu nasci do serviço público e tudo que sou devo a ele. Eu tenho uma dívida com a sociedade que pagarei agora como Ministro da Saúde do Brasil”, escreveu na rede social.

A fala compartilhada na página de Lula foi retirada de uma transmissão ao vivo da qual o ex-presidente participou ao lado dos ministros que passaram pela Saúde nas gestões petistas, a saber, Humberto Costa, José Gomes Temporão, Alexandre Padilha e Arthur Chioro.

Na transmissão, Lula estimou que a atual crise “ainda dura pelo menos três meses”. “Não acho que se resolve antes de termos uma vacina. Vamos precisar repensar nosso comportamento e ter paciência para planejar como enfrentar isso”.

Aos ex-ministros, o ex-presidente afirmou que precisava “fazer uma autocrítica”. “Apesar de sempre ter tido a consciência da importância do SUS, nós não tivemos a capacidade de fazer a defesa ideológica de um Sistema Público de Saúde”.

O petista ainda criticou empresários que protestaram contra o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), pontuando que os executivos que defendem o fim do distanciamento social são responsáveis por eventuais riscos à vida dos seus funcionários. “Fiquei me perguntando se os empresários teriam coragem de assinar uma garantia de vida em cartório para seus trabalhadores”, ironizou o ex-presidente.

CNN Brasil