Nos EUA, homens armados protestam contra quarentena

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Foto: Seth Herald/Reuters

Centenas de pessoas protestaram nesta quinta-feira 30 dentro do Congresso estadual do Michigan, Estados Unidos, contra as medidas de isolamento social adotadas para combater o novo coronavírus. Alguns manifestantes estavam armados com fuzis.

Muitos usavam placas e símbolos favoráveis ao presidente Donald Trump. A maioria deles não estava com máscaras ou respeitou o distanciamento social.

Há algumas semanas, Trump pareceu apoiar os protestos contra as quarentenas em alguns estados, pedindo a “libertação” das regiões menos atingidas pela Covid-19 e a reabertura da economia. O presidente trava uma queda de braços com os governadores democratas de alguns desses estados, já que os responsáveis por implementar as políticas de saúde pública são as autoridades federativas.

Os manifestantes foram autorizados a entrar no Congresso na capital de Michigan, Lansing, enquanto os legisladores debatiam a extensão da quarentena no estado. Alguns tiveram sua temperatura checada por seguranças.

Parlamentares registraram nas redes sociais que receberam xingamentos — inclusive de pessoas que estavam armadas. Alguns tentaram invadir o plenário, mas foram contidos por policiais.

A legislação do Michigan permite que as pessoas carreguem armas de fogo, desde que “por motivos dentro da lei” e que o portador mantenha o armamento visível. A governadora do estado, a democrata Gretchen Whitmer, pediu a extensão até 15 de maio das medidas de isolamento social na região, que registra mais de 40.000 casos e cerca de 3.700 mortes pela Covid-19.

Os Estados Unidos são o epicentro mundial da pandemia, com mais de 1 milhão de casos e 63.000 óbitos. Os protestos contra a quarentena já foram registrados em outros estados, como New Hampshire, Maryland, Washington, Indiana, Nevada e Wisconsin.

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