OAB teme que gabinete do ódio use dados de celulares

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Foto: Pablo Jacob

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, se diz pronto a negociar, “em respeito ao histórico de serviços prestados ao país pelo IBGE”, os termos da MP 945 de Bolsonaro que obriga Vivo, Tim, Claro, Oi e outras operadoras de telefonia a repassarem os números dos telefones dos brasileiros para o Instituto. Já a presidente do IBGE, Suzana Cordeira Guerra, está disposta, como informou Merval Pereira, a reescrever a instrução normativa reforçando, ainda mais, a segurança dos dados e seu uso restrito às pesquisas da instituição.
A OAB tinha conseguido uma liminar da ministra Rosa Weber contra a MP (“a fim de prevenir danos irreparáveis à intimidade e ao sigilo da vida privada”) e o STF marcou o julgamento do caso para quarta-feira, agora.
Segue…
O IBGE diz que precisa ter acesso a estes telefones para continuar fazendo suas pesquisas, já que a Covid-19, sem contar o aumento da violência, faz muita gente ter medo de abrir a porta ao funcionário do Instituto, dificultando o trabalho presencial.
Mas Felipe argumenta que há “o receio justo de que isso possa acabar com a utilização dos dados pelo gabinete do ódio.” Ou seja, no IBGE a OAB confia, mas em Bolsonaro, não.
Faz sentido.

O Globo