Reino Unido pede que cidadãos deixem o Brasil

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Foto: Andressa Anholete/Getty Images

A Embaixada do Reino Unido no Brasil pediu nesta terça-feira, 5, que os britânicos que estão em viagem ao território brasileiro “retornem imediatamente” ao país. As autoridades britânicas alertam que as rotas aéreas que ligam os dois países estão escassas e que não planejam fretar voos de repatriação em meio à pandemia do novo coronavírus.

“Se você é um cidadão britânico ainda viajando no Brasil, eu reforço o pedido para que você volte ao Reino Unido imediatamente, utilizando os voos comerciais ainda disponíveis”, escreveu o embaixador britânico, Vijay Rangarajan, em um post no Twitter.

 

Em um comunicado divulgado em seu site, a Embaixada disse ainda que, desde 3 de abril, não há voos diretos entre o Brasil ao Reino Unido. A solução para os britânicos seria retornar por meio de voos com escala nos Estados Unidos ou outros países da Europa.

“Continuamos a pedir que qualquer turista britânico no Brasil escolha imediatamente essas opções [de voo] ainda disponíveis porque a capacidade é limitada”, diz o comunicado.

O Reino Unido se tornou nesta semana o país mais atingido pela pandemia de coronavírus na Europa, com mais de 196.000 casos e 29.500 mortes até quarta-feira, 6. Já o Brasil tem mais de 116.000 infectados e quase 8.000 óbitos.

Em meados de abril, Itália e Alemanha já haviam pedido que seus cidadãos retornassem de viagens aos Brasil. Medidas tão extraordinárias de governos estrangeiros são inéditas por aqui desde a redemocratização, apesar de outros países já terem aconselhado seus nacionais a evitarem viagens a determinadas regiões brasileiras no passado ou a agirem de forma cuidadosa durante surtos de outras doenças ou ondas de violência.

A razão para tamanho desespero vai além da escalada no número de casos de Covid-19 no Brasil. Mas, como o turismo foi impactado drasticamente pelas políticas de controle da enfermidade no mundo, diversas companhias aéreas estão deixando de operar voos para fora do país. Os governos estrangeiros temem que seus cidadãos fiquem presos no território brasileiro, sem ter como voltar.

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