Secretário de Guedes não paga impostos

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Silvia Costanti/Agência O Globo

Carlos da Costa, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, é sócio de duas empresas que devem R$ 543,1 mil à União.

Em setembro do ano passado, a coluna mostrou que a dívida das companhias do secretário era de R$ 260,3 mil. O valor mais que dobrou nesse período.

Costa é sócio da C A J Cursos e da P&L Educação Continuada, sediadas no mesmo imóvel, em São Paulo.

As duas empresas afirmam prestar treinamentos e consultoria em gestão empresarial.

A P&L deve R$ 458,8 mil à União. A C A J deve R$ 84,3 mil.

As informações constam de registros da Dívida Ativa da União, controlada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que também funciona no Ministério da Economia.

Do total de R$ 543,1 mil da dívida atual, R$ 341,7 mil vêm de dívidas previdenciárias.

Os outros R$ 201,4 mil são cobranças de débitos tributários, por falta de pagamento de tributos federais.

Procurado, Carlos da Costa afirmou, por meio da assessoria:

“Conforme já informado ao mesmo questionamento feito em setembro de 2019, desde que assumiu um cargo público ele se afastou das empresas atendendo plenamente as exigências da lei e em obediência às normas do serviço público. Quem responde por tais empresas e é responsável pela administração delas é o sócio Marcelo Pires”.

Marcelo Pires, sócio de Costa e administrador das duas empresas, afirmou que a dívida parou de ser paga em março, em meio à pandemia.

“Essa dívida estava sendo renegociada, existiam alguns parcelamentos. Só que, desde março, parou tudo. Por causa de todos os problemas, o caos que estamos vivendo, paramos os pagamentos momentaneamente e estamos aguardando a situação se regularizar para retomá-los. A dívida é de impostos federais, do estado e do município”.

O empresário disse que espera voltar a quitar os valores devidos à União.

“Estamos esperando a retomada da economia para voltar com as renegociações. Temos todos os nossos processos congelados desde março. As duas empresas são de treinamento presencial. Não trabalhamos com digital”.

O Ministério da Economia não respondeu.

Época