Um dos militares da Saúde postou foto aglomerado em festa

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Foto: Reprodução

Um dos nove militares nomeados por Jair Bolsonaro para o Ministério da Saúde na terça (19), Giovani Camarão, futuro coordenador de Finanças do Fundo Nacional de Saúde, publicou foto nas redes sociais em que aparece em festa com ao menos 17 pessoas no começo de abril. Na legenda, ele escreveu “niver do gerson 03/04/2020”.

A postura vai no sentido contrário às orientações da OMS, mas pode agradar ao presidente, que relativiza a importância do isolamento social. Um dos seguidores de Camarão fez o alerta: “olha a aglomeração”.

As nomeações têm sido criticadas internamente por implicarem a chegada de pessoas inexperientes na Saúde durante crise que matou mais de 18 mil pessoas no Brasil. Nas redes, os debutantes mostram posicionamentos que contrastam com diretrizes técnicas baseadas em estudos científicos.

Nomeado como diretor de monitoramento do SUS, o militar Angelo Denicoli comemorou que o presidente dos EUA, Donald Trump, revelou que estava tomando hidroxicloroquina, que estudos científicos indicam não ter eficácia contra o coronavírus, mas que é propagandeada por Bolsonaro.

Denicoli compartilha informações distorcidas sobre adversários de Bolsonaro e usa termos pesados para se referir a eles. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é chamado de “verme”. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) é comparada a uma porca.

Já o militar André Botelho, que será coordenador de contabilidade, compartilhou texto (não de sua autoria) sobre um suposto arrependimento de uma pessoa que teria lutado contra a ditadura militar. “Peço perdão ao Brasil pela porcaria que fiz. Deveria ter ficado em casa”.

Nomeações feitas pelo governo mostram que Bolsonaro rasgou o decreto que editou em 2019 sobre critérios para ocupação de cargos. Entre os pontos estão: possuir experiência profissional de no mínimo dois anos, ser especialista, mestre ou doutor e cursos de capacitação.

Folha De S. Paulo