Weintraub diz ter direito de falar do Holocausto

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Foto: Reprodução/ Estadão

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a comparar o cenário político nacional com a Alemanha nazista e o Holocausto. Alvo de críticas de associações judaicas do Brasil e do exterior, do cônsul de Israel em São Paulo e da Embaixada de Israel, Weintraub fez novas publicações, e afirmou que tem direito de falar do Holocausto.

“Não falem em nome de todos os cristãos ou judeus do mundo. FALO POR MIM! Tive avós católicos e avós sobreviventes dos campos de concentração nazistas (foto). Todos eram brasileiros. TENHO DIREITO DE FALAR DO HOLOCAUSTO! Não preciso de mais gente atentando contra MINHA LIBERDADE!”, escreveu na noite da quinta-feira, 28, o ministro.

Não falem em nome de todos os cristãos ou judeus do mundo. FALO POR MIM! Tive avós católicos e avós sobreviventes dos campos de concentração nazistas (foto). Todos eram brasileiros. TENHO DIREITO DE FALAR DO HOLOCAUSTO! Não preciso de mais gente atentando contra MINHA LIBERDADE! pic.twitter.com/mMBEKY2RBq — Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) May 28, 2020

Na manhã desta sexta-feira, 29, Weintraub voltou a comparar o extermínio judeu na Alemanha nazista com os acontecimentos do Brasil contemporâneo. Nas palavras de Weintraub, “a grande mídia nazista” afirmava que “o Holocausto não existe”. Desde a operação da Polícia Federal no inquérito das fake news, aliados do governo federal têm denunciado ataque à liberdade de imprensa e expressão – o que foi comparado pelo ministro com a perseguição dos judeus.

Primeiro prenderam quem defendia a LIBERDADE. Depois, a grande mídia nazista, dos poderosos, afirmava: “o Holocausto não existe”.

Lutar pela LIBERDADE de expressão? De opinião, de pensamento, de informação? “Bobagem, peguem a senha e aguardem na fila”.#LibertemJurandirEBronze pic.twitter.com/7FZ0UB9qee — Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) May 29, 2020

O uso do Holocausto para fins de comparação foi duramente criticado pela comunidade judaica. Ontem, a Embaixada de Israel pediu publicamente que as comparações parassem de ser feitas para fins políticos e ideológicos. O cônsul geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, também criticou qualquer comparação com a “solução final” do nazismo, que resultou no extermínio de cerca de 6 milhões de judeus.

 

Estadão