Weintraub usava advogados do governo em benefício próprio

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou os serviços de dois advogados, depois de nomeá-los assessores da pasta, em ações de interesse privado na Justiça, segundo o jornal “O Globo”.

Os advogados Auro Hadano Tanaka e Victor Sarfatis Metta foram nomeados como assessores especiais de Weintraub em abril e maio de 2019, respectivamente, com vencimentos de R$ 13,6 mil cada um.

Em nota, o Ministério da Educação afirma que não há impedimento para que os escritórios de ambos os advogados atuem na defesa particular de Weintraub, que os profissionais não trabalham no ministério em regime de dedicação exclusiva, e que os honorários advocatícios foram pagos particularmente pelo ministro.

O G1 enviou e-mail e ligou para os escritórios Rosenthal Sarfatis Metta e Hadano Tanaka Advogados por volta do meio-dia desta terça-feira. Os telefonemas não foram atendidos, e os e-mails não foram respondidos até a publicação desta reportagem.

Segundo o jornal “O Globo”, as 4 ações tiveram início entre outubro e novembro de 2019 – depois, portanto, das nomeações de Victor Metta e Auro Tanaka, que ocorreram no primeiro semestre daquele ano.

No dia 3 de outubro, ainda de acordo com o jornal, Victor e seu escritório, Rosenthal Sarfatis Metta, entraram com uma ação contra o site Brasil 247. No dia 28, Victor entrou com outra ação contra a revista Fórum.

No dia seguinte, 29, Victor e seu escritório protocolaram uma terceira ação, desta vez pedindo danos morais ao escritor Paulo Ghiraldelli Júnior, informa o “Globo”.

Em novembro, Auro e o escritório Rosenthal Sarfatis entraram com uma ação contra uma jornalista do Valor Econômico a acusando de difamação. Nesta ação, embora o escritório seja o autor da ação, Victor não é elencado como representante de Weintraub.

G1