Ante prisão de Queiroz, bolsonaristas atacam PT

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Foto: Reprodução

As fiéis redes de apoio bolsonaristas em grupos de WhatsApp e mídias sociais não costumam se abalar com o noticiário negativo cotidiano, mas a prisão do PM reformado Fabrício Queiroz furou essa bolha já nos primeiros momentos após a operação policial. A ação localizou o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro na casa do advogado do filho “01” do presidente e amigo da família, Frederick Wasseff, em Atibaia, no interior de São Paulo.

Mesmo apoiadores mais radicias se incomodam com a história da “rachadinha” dos salários de funcionários do gabinete de Flávio, mas, nesses ambientes simpáticos ao governo, foi marcante o sentimento de que há um forte elemento de perseguição política na prisão.

Para relativizar essa notícia incômoda, os influenciadores direitistas nas redes invocaram um velho fantasma, o PT.

O alvo principal dos esforços foi o deputado estadual fluminense André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio. Movimentações atípicas de servidores de seu gabinete na Alerj foram flagradas no mesmo relatório do Coaf de 2018 que encontrou o esquema que Queiroz é acusado de operar.

Quatro funcionários do parlamentar teriam movimentado em contas bancárias R$ 49,31 milhões, valor bem superior ao movimentado por Queiroz – estimado em R$ 1,3 milhão.

Para alguns bolsonaristas, o ex-assessor dos Bolsonaro só é alvo porque é ex-assessor dos Bolsonaro e que apenas a investigação de todos os parlamentares citados no relatório do Coaf tornaria a investigação isenta.

Por causa do esforço, o Google registrou um aumento expressivos das buscas envolvendo o nome do parlamentar petista. Veja:

Google Trends bolsonarista

A notícia da demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, ajudou a ofuscar as postagens sobre Queiroz nas redes bolsonaristas, mas isso não foi necessariamente bom para o presidente.

O núcleo duro da defesa bolsonarista no ambiente virtual é formado por seguidores do guru Olavo de Carvalho. Para eles, a decisão do presidente de abrir mão de Weintraub, o olavista mais poderoso do governo até então, foi um erro digno de uma reação quase sempre evitada: criticar em público e dar “munição para a esquerda”.

 

Metrópoles