Comércio da fé tem mega prejuízo em Angola

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Foto: Reprodução/VEJA

Um dos países mais estratégicos para a Igreja Universal fora do Brasil, Angola tem templos sob nova direção. Ou pelo menos 40% da operação da entidade no país. Um grupo de bispos e pastores da igreja criada por Edir Macedo assumiu o controle de 35 endereços localizados na capital, Luanda, e de 50 outras igrejas em cidades como Benguela.

Dentro na Universal, Macedo usa o termo “golpe” para se referir à ação ocorrida na segunda, 22. Os pastores de Angola criticam a direção da organização, por eles acusada de racismo, discriminação, abuso de autoridade, evasão de divisas e imposição de vasectomia em parte da equipe. A briga tornou-se pública no final de 2019 e culminou na ruptura definitiva.

O grupo de insurgentes diz que a entidade no país será chamada de Igreja Universal de Angola. Trata-se de um movimento sem precedentes na história da Universal. Os frutos do plano de expansão para o exterior da igreja de Macedo não são resultados de milagres: vieram de um planejamento cuidadoso, posto em prática a partir dos anos 80.

Atualmente, a instituição tem cerca de 2 800 templos espalhados por mais de 100 países. O continente africano se revelou o terreno mais fértil para esse crescimento formidável, concentrando hoje a maior parte da operação no exterior. O medo da Universal é que pastores de outros países também se rebelem. A situação na Costa do Marfim é considerada preocupante.

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