Consequências de aglomerações em SP chegam antes do esperado

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Foto: Alexandre Schneider/Getty Images

Nesta terça-feira, 16, o estado de São Paulo bateu recordes em casos e mortes por coronavírus em toda a região. Nas últimas 24 horas foram registrados 365 óbitos e 8.825 novos diagnósticos positivos de Covid-19, as maiores taxas registradas nas duas séries históricas.

Às terças, normalmente, os dados sofrem grande impacto da falta de notificações de casos ocorridos no fim de semana, que são comunicados ao estado com atraso. Na terça passada, por exemplo, o estado também batia recorde de mortes, com 334 óbitos (9,4% de variação em relação a hoje). O número de casos era de 5.545 (uma variação de 60% entre as duas datas).

De acordo com João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, apesar desse aumento de hoje, o indicativo que deve ser acompanhado para aferir a evolução da doença é a internação de pessoas com síndromes respiratórias agudas nos hospitais paulistas. Gabbardo pontuou que o pico de pacientes internados ocorreu há cinco semanas e, desde então, a hospitalização de pessoas com comprometimentos respiratórios mais graves caiu. Esse panorama, no entanto, não garante que a doença não sofra uma nova aceleração nas próximas semanas.

No total, São Paulo tem 190.285 casos e 11.132 óbitos. A ocupação de leitos de UTI em todo o estado é de 70,6%, na Grande São Paulo são 77,1% dos leitos ocupados.

O estado também anunciou que já realizou 602.384 testes de coronavírus. Destes, 525.666 apresentavam sintomas gripais leves, outros 76.718 tinham quadros graves e estavam internados. O número considera testes moleculares e sorológicos, além de casos positivos e negativos da doença. Mais 250 mil kits para coleta de amostras serão distribuídos aos municípios paulistas na próxima semana.

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