Governo quer vender parte da Petrobras para pagar conta da covid19

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Foto: Paulo Whitaker/Reuters

O ministro da Economia, Paulo Guedes, articula aprovar no Congresso Nacional no segundo semestre a autorização da venda de pelo menos quatro grandes estatais: Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), Eletrobras, Correios e Porto de Santos.

Na avaliação da equipe econômica, só a privatização da Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA), por exemplo, pode render R$ 500 bilhões aos cofres públicos. A companhia administra os contratos da União na exploração dos campos de petróleo pelo sistema de partilha de produção.

Ao defender a aprovação pelo Congresso dos projetos de venda de estatais, Guedes tem dito a interlocutores que a receita a ser gerada só com a venda da PPSA pode pagar a conta de todas as medidas do governo federal de combate ao coronavírus.

Até agora, os gastos da União no combate à pandemia já estão na casa de R$ 400 bilhões e vão subir ainda mais, com o pagamento, por exemplo, de parcelas extras do auxílio emergencial.

A privatização das quatro estatais destacadas pela equipe econômica tem sofrido resistência por parte dos senadores e deputados. Porém, a equipe de Guedes avalia que o clima agora pode mudar diante da situação de emergência em que o país se encontra em meio à pandemia do coronavírus.

Além da necessidade de reduzir o endividamento provocado pelo enfrentamento da pandemia, o país precisa de outras ações para fazer a economia se recuperar.

Assessores de Paulo Guedes defendem a privatização como um dos melhores caminhos, neste momento, para buscar fontes de recursos para a União, já que não há nem clima nem condições para se aprovar aumento de impostos. Será preciso também aprovar projetos que reduzam os gastos do governo federal.

No caso da PPSA, o governo de Jair Bolsonaro quer também acabar com o sistema de partilha de produção na exploração de campos de petróleo localizados na região do pré-sal.

O Ministério da Economia defende a adoção do sistema de concessão, que, no curto prazo, teria condições de render mais recursos aos cofres públicos.

G1