Palhaçada de Weintraub esconde recorde da covid19

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Foto: Reprodução/Yahoo

Mesmo fora da Esplanada, Abraham Weintraub continua prestando serviços a Jair Bolsonaro: no dia em que o Brasil bateu 1 milhão de casos confirmados/oficiais de covid-19, o ex-ministro da Educação agitou as redes sociais e mobilizou atenções com o lançamento de uma “candidatura” ao governo de São Paulo. Rapidamente, a isca foi mordida pelos adversários do presidente e o balão de ensaio provocativo virou um palanque digital para Weintraub ajudar Bolsonaro a tentar se esquivar, por mais um dia, dessa nova triste marca do País na crise.

Na quinta-feira passada, a demissão de Weintraub por Bolsonaro não foi suficiente para virar o jogo midiático diante da relevância da prisão de Fabrício Queiroz. Passado o susto, no entanto, a tag #weintraubgovernador se manteve em alta o dia todo no Twitter.

Para quem ainda tem dificuldade de entender o bolsonarismo e a importância de sua guerrilha cultural, o episódio é ilustrativo. Na explicação de um especialista em mídias eletrônicas, a “candidatura” de Weintraub tem nariz de fake news, boca de fake news, corpo de fake news, mas não pode ser chamada de fake news.

Weintraub pode até vir a disputar o Palácio dos Bandeirantes em 2022, claro. Levar a sério a candidatura neste momento, porém, é desviar o foco. Ah, as críticas à (fraca) gestão dele na Educação também ficaram em segundo plano.

Estadão