Relação de Wasseff com Bolsonaro tem novo capítulo

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Foto: Cristiano Mariz

A relação de intimidade de Frederick Wassef, que abrigava há cerca de um ano o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício de Queiroz, com Jair Bolsonaro (sem partido) envolve visitas do presidente e a primeira-dama, Michelle, à casa do advogado e sua ex-mulher, a empresária Cristina Boner, em Brasília, até a compra pelo presidente de uma Land Rover por R$ 50 mil de uma das empresas de Cristina.

A transação comercial, feita em 2015, foi revelada pela revista Veja em abril do ano passado. O presidente adquiriu a Land Rover preta modelo 2009/2010 da empresa Compusoftware, que na época era comandada por Cristina, com sede em São Paulo.

À revista, a empresária disse que uma agência de veículos intermediou o negócio e que Bolsonaro quitou a compra por meio de uma transferência eletrônica de R$ 50 mil, embora o veículo, na época, fosse avaliado em cerca de R$ 77 mil.

Wassef também afirma que, além da amizade, ele passou a orientar Bolsonaro juridicamente em 2014, quando conheceu a família. Atuando informalmente do caso Queiroz, ele só passou a se declarar como advogado de Flávio em junho de 2019. Antes disso, trabalhava nos bastidores.

“Bolsonaro é, há tempos, vítima de crimes como denunciação caluniosa, calúnia e difamação. Ele foi vítima de uma insana perseguição contra um homem que é um verdadeiro herói”, afirmou, em entrevista o Jornal Estado de S. Paulo, em junho de 2019,

Em dezembro do mesmo ano, Wassef disse que a investigação sobre “rachadinha” no gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) era fundamentada em “premissas falsas” e que movimentar dinheiro “não é crime”.

“Não estou acusando ninguém, mas alguma força oculta está infiltrada no poder público. O objetivo final é a cadeira presidencial em de 2022”, afirmou ao Estadão.

Em entrevista a Andreia Sadi em setembro do ano passado, Frederick Wassef foi perguntado pela repórter sobre o paradeiro de Fabrício Queiroz e respondeu: “Não sei. Não sou advogado dele.”

Uol