Varejistas põem roupas “em quarentena”

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Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

Provadores fechados, roupas em quarentena, higienização de produtos após o manuseio e medição de temperatura de um quadro reduzido de funcionários passam a fazer parte da rotina de grandes varejistas que começam a reabrir suas lojas esta semana em São Paulo.

Na capital paulista, lojas de rua tiveram autorização para reabrir na quarta-feira. Já os shopping centers retomaram suas atividades nesta quinta, com horário reduzido de quatro horas de funcionamento.

A varejista de roupas Marisa já conta com 212 lojas reabertas em todo o país, de um total de 354. No estado de São Paulo, são 91 lojas funcionando, de 129 no total. Nos shoppings da capital paulista, 17 unidades retomaram as atividades nesta quinta e mais uma será reaberta na sexta.

“O que percebemos é que a nossa cliente tem ficado menos tempo nas lojas. Ela chega mais decidida, já sabendo o que quer comprar”, afirma a empresa, através de sua assessoria de imprensa. Segundo a varejista, os itens mais vendidos são produtos mais confortáveis, moda íntima, produtos de inverno e roupas para crianças.

Com a retomada do movimento ainda gradual, as lojas estão operando com 70% dos funcionários, além de provadores fechados, controle de acesso e distribuição de luvas para os clientes. “Algumas das lojas reabertas surpreenderam positivamente no volume de vendas, superando inclusive o mesmo período no ano passado”, diz a empresa.

A Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio, terá até sexta-feira 312 lojas abertas no estado de São Paulo e cerca de 600 em todo o país.

Nas lojas, a entrada de clientes é gradual, com limite de pessoas nas filas e nas áreas de atendimento. “Se o cliente tem interesse em ver geladeiras, um outro não pode entrar para ver o mesmo produto, só entra na loja depois que o outro cliente for atendido. Além disso, todos os produtos manuseados são higienizados na sequência”, relata a empresa.

A C&A reabriu hoje sua loja na rua Augusta e abre amanhã a unidade da rua 24 de Maio, no centro. Também nesta quinta, foi retomada a atividade nas 24 lojas de shoppings da capital paulista, que passam a operar das 16h às 20h.

“Peças de troca serão armazenadas por 72 horas, em quarentena, e somente retornarão à área de vendas após este período”, diz a varejista, que também está reforçando a limpeza de seus ambientes, disponibilizando álcool em gel para funcionários e clientes e adotando distância de 1,5 metro nas filas.

A empresa está trabalhando com quadro de funcionários reduzido e orientando eles a usarem máscaras durante toda a jornada de trabalho e no deslocamento de casa ao serviço. Os trabalhadores terão a temperatura medida antes do início da jornada.

Na Riachuelo, 63 lojas das 84 totais no estado de São Paulo já estão reabertas. Segundo a empresa, elas serão higienizadas de horas em hora, com todos os funcionários usando máscaras e álcool em gel à disposição, além de provadores fechados e quadro de funcionários reduzido.

Como na C&A, agora que a quarentena começa a ser relaxada para os paulistanos, são as roupas que vão para o resguardo. “Roupas recolhidas na loja são mantidas em uma espécie de quarentena por até cinco dias antes de retornarem às araras”, informa a Riachuelo.

A Magazine Luiza começa nesta sexta sua reabertura em São Paulo, com 60 lojas. A retomada, mesmo em municípios que decretaram a liberação do comércio, está sendo decidida com base em um sistema de análise de dados desenvolvido pela empresa. “O sistema cruza dados estatísticos e informações sobre o status do covid-19 nos locais onde as lojas operam”, diz a varejista, que vai operar com quadro reduzido e funcionários em grupo de risco afastados.

Folha De S. Paulo