700 mil empresas que fecharam na quarentena não vão abrir mais

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Foto: Reuters

Mais da metade das empresas que estavam fechadas na primeira quinzena de junho não vão reabrir. É o que mostra a pesquisa do IBGE divulgada nesta quinta-feira. Um total de 1,3 milhão de empresas estavam com atividades encerradas nesse período temporária ou definitivamente. Dessas, 716 mil não voltarão à ativa.

Os dados fazem parte da primeira edição da pesquisa “Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas empresas”. O levantamento revelou também que cerca de um terço das companhias brasileiras demitiu funcionários e só 12,7% tiveram acesso ao crédito emergencial para pagar salário dos empregados desde o início da pandemia.

De acordo com o IBGE, na primeira quinzena de junho havia cerca de 4 milhões de empresas ativas no país. Destas, 2,7 milhões (67,4%) estavam em funcionamento total ou parcial, enquanto 610,3 mil (15,0%) estavam fechadas temporariamente. Já cerca de 716,4 mil (17,6%) encerraram suas atividades em definitivo.

Entre as empresas que não voltarão a abrir as portas, 99,8% (ou 715,1 mil) eram de pequeno porte. Apenas 0,2% (1,2 mil) eram consideradas intermediárias e nenhuma era de grande porte, segundo o instituto.

O IBGE também se debruçou sobre as razões para o fechamento das empresas: 522,7 mil (39,4%) apontaram como causa as restrições impostas pela pandemia. Ou seja, quatro em cada dez encerraram as atividades — seja temporária ou definitivamente — por causa da disseminação do coronavírus.

“Esse impacto no encerramento de companhias foi disseminado em todos os setores da economia, chegando a 40,9% entre as empresas do comércio, 39,4% dos serviços, 37,0% da construção e 35,1% da indústria”, destacou o IBGE.

Entre 2,7 milhões de empresas em atividade na primeira quinzena de junho, 70% reportaram que a pandemia teve um impacto geral negativo sobre o negócio. Outros 16,2% declararam que o efeito foi pequeno ou inexistente.

Em contrapartida, 13,6% afirmaram que a pandemia trouxe oportunidades e que teve um efeito positivo sobre a empresa.

O Globo