Biden amplia vantagem sobre Trump

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Foto: Olivier Douliery – 14.jul.2020/AFP

A aprovação eleitoral de Joe Biden entre os americanos registrados para votar chegou a 52%, contra 37% de Donald Trump, a maior margem já registrada pela Universidade Quinnipiac, responsável pela pesquisa realizada em nível nacional e divulgada nesta quarta-feira (15).

Uma segunda sondagem, feita pelo Wall Street Journal e pela emissora NBC News, também mostra resultados positivos para o democrata. Biden aparece com 51% de intenção de voto, contra 40% do atual presidente —a vantagem do democrata subiu de 7 para 11 pontos percentuais.

Na soma da intenção de voto em Arizona, Colorado, Flórida, Maine, Michigan, Minnesota, Nevada, New Hampshire, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin —estados-pêndulo, que ora votam em republicanos, ora votam em democratas, decisivos para as eleições— Biden lidera com 52%, contra 40% de Trump.​

O desempenho econômico dos EUA sob o governo Trump, ponto central da aprovação do republicano e principal bandeira de sua campanha à reeleição, teve avaliações diferentes nas duas pesquisas. Na enquete WSJ/NBC, 54% avaliam positivamente a economia, enquanto 42% têm visão contrária.

No levantamento da Quinnipiac, porém, esta foi a primeira vez desde 2017 em que mais da metade dos entrevistados desaprovou a gestão de Trump no quesito —53% do total. Na última sondagem, realizada em 18 de junho, essa fatia representava 45%. ​

A aprovação do presidente também atingiu seu menor patamar desde 2017. São 36% os que apoiam a Casa Branca de Trump, contra 60% que a desaprovam —uma queda de seis pontos percentuais em relação à última sondagem da universidade.

A pesquisa WSJ/NBC confirma um cenário apresentado em enquetes anteriores: o índice de apoio aos candidatos varia significativamente entre os grupos demográficos.

Trump aparece à frente entre os eleitores brancos (49% contra 42%), homens (45% e 43%) e brancos sem diploma universitário (57% e 35%).

Biden tem melhor desempenho entre minorias: 80% dos afro-americanos e 67% dos latinos afirmaram que votariam no democrata. O ex-vice-presidente também é apoiado por 62% dos jovens (entre 18 e 34 anos), 58% das mulheres e 53% dos eleitores brancos com diplomas universitários.

Além disso, 50% dos eleitores afirmam que não há nenhuma chance de votarem em Trump —em comparação com 37% que dizem o mesmo de Biden.

Quando os entrevistados foram questionados sobre temas específicos, a preferência pelo ex-vice-presidente durante dois mandatos de Barack Obama foi maior. Apenas 35% apoiam a resposta de Trump à pandemia do novo coronavírus, enquanto o democrata registrou 59% de aprovação.

Os resultados do WSJ/NBC vão no mesmo sentido: 59% desaprovam a gestão Trump nesse ponto.

A pesquisa da Universidade Quinnipiac mostra que o recente crescimento do democrata na disputa se deve em grande parte aos eleitores independentes.

Biden passou a liderar a intenção de voto entre o grupo, com 51%, contra 34% de Trump. Em junho, independentes estavam divididos, com 43% apoiando Biden e 40% apoiando Trump.

A Universidade Quinnipiac entrevistou 1.273 eleitores registrados entre 9 e 13 de julho. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais.

Já a pesquisa WSJ/NBC foi realizada de 9 a 12 de julho com 900 eleitores registrados. Mais da metade dos participantes foi contatada por meio de ligações a telefones celulares.

A margem de erro é de mais ou menos 3,3 pontos percentuais.

Folha De S. Paulo