Bolsonaro desconversa sobre apoio da base ao Fundeb

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Foto: EVARISTO SA

O presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores da tarde desta quarta-feira (22/7) sobre a aprovação do novo Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) na Câmara Federal. Os sete votos contrários à medida no primeiro turno foram de deputados da base do governo, inclusive bolsonaristas. No segundo turno, cinco mantiveram seus votos, todos da base do governo e quatro deles do PSL.

“Os que votaram contra, devem ter seus motivos. Tem que perguntar para eles porque votaram contra. Agora, alguns dizem que a minha bancada votou contra. A minha bancada não tem seis ou sete (deputados) não. A minha bancada é bem maior que essa daí”, disse.

Votaram contra a proposta no primeiro turno: Bia Kicis (PSL-DF), Filpe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Chris Tonietto (PSL-RJ), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-RJ), Marcio Labre (PSL-RJ) e Paulo Martins (PSC-PR). No segundo turno, Orleans votou favorável e Marcio se absteve. Os parlamentares do PSL listados são bolsonaristas e próximos do presidente Jair Bolsonaro.

Aos apoiadores, o presidente afirmou que queria que houvesse um aumento de 200%, “mas não tem dinheiro”. “O PT ficou 14 anos no poder e não fez nada. E o governo conseguiu ontem mais uma vitória, aprovamos o Fundeb e o Senado deve seguir o mesmo caminho”, disse Bolsonaro a apoiadores.

O presidente tem buscado usar a aprovação do Fundeb como uma vitória do governo, quando foi o contrário. A proposta tem sido construída há tempos, e o governo federal se absteve do debate desde o início da gestão. Só no final, quando a proposta já estava construída, tentou entrar na discussão apresentando uma proposta que foi duramente criticada.

No fim de semana, o governo enviou a proposta ao Congresso, com alguns pontos, como retirar 5% do Fundeb para o Renda Brasil, que irá substituir o Bolsa Família, e que o fundo só retornasse em 2022, deixando o próximo ano sem os recursos do fundo para a Educação.

Nesta semana, houve tentativa de obstrução por parte do deputado Arthur Lira (PP-AL), a pedido do governo, que queria atrasar a votação na tentativa de tentar emplacar as alterações no projeto, que já possuía um relatório pronto da deputada professora Professora Dorinha Seabra (DEM-TO).

Correio Braziliense