Bolsonaro infectado pode ser mais mortífero

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O Bolsonaro que emergirá da covid19 dependerá da gravidade da doença. Se seu estado se agravar, calará. Se a doença lhe for suave, tentará provar que é mesmo uma “gripezinha.

Em março último, em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, pela segunda vez em poucos dias voltou a negar a gravidade da então recém iniciada pandemia, a qual chamou, então, de “gripezinha ou refriadinho”, dizendo que não seria afetado pela doença devido ao seu suposto “histórico de atleta”

O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, recebeu Bolsonaro e outros quatro ministros em um almoço em sua casa em comemoração à Independência dos Estados Unidos, no último sábado, dia 4, em Brasília. Dois dias antes de Bolsonaro apresentar sintomas de covid19

Bolsonaro teve contato direto com pelo menos 50 pessoas nos últimos dias — 37 convidados ao Planalto, 17 ministros, 4 deputados e outras figuras.

Quem achou que Bolsonaro poderia fazer como o premiê inglês, Boris Johnson, e reconhecer a gravidade da doença após ser contaminado, enganou-se. Ao anunciar que estava doente, não só voltou a minimizar a doença como, também, pôs em risco a vida dos repórteres que o entrevistavam

A conclusão que se pode extrair de tudo isso é a de que Bolsonaro, se não tiver um agravamento da doença, usará esse fato para estimular pessoas a correrem riscos. E o argumento de que a doença lhe foi leve contará com um quê de verdade, como acontece com toda grande mentira

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