Empresas deixarão funcionários decidirem se querem voltar

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Foto: Eduardo Knapp

Grandes empresas brasileiras e multinacionais começam a preparar o retorno de seus funcionários aos escritórios. Algumas já recebem uma parte dos trabalhadores neste mês, como Ambev, Nestlé e GPA. Outras planejam para agosto, como EMS, Unilever e Deloitte, a depender do cenário da pandemia. Em todos os casos, além de medidas sanitárias e distanciamento dos postos de trabalho, a maioria diz ter deixado que os próprios profissionais escolham se querem voltar.

A Nestlé criou uma campanha chamada “voltando ao Ninho”, em referência a uma de suas marcas, para organizar as orientações de segurança para o retorno gradual à sede a partir de 27 de julho com capacidade reduzida e revezamento das equipes. A comunicação dos protocolos está sendo feita nesta semana.

A Ambev começou a testar na semana passada um plano de volta, dividido em três fases, em que cada um escolhe sua data. Na primeira, só 20% dos funcionários da sede poderão voltar e sem reunião presencial. Eles terão de fazer testes, medir temperatura e receberão máscara e álcool. A previsão de retorno total é setembro.

O GPA também já começou a volta física ao prédio corporativo em São Paulo de forma limitada e voluntária, com exceção dos que pertencem aos grupos de risco. A empresa afirma que, por enquanto, o modelo é flexível e está estudando o que será feito nos próximos meses.

A BRF diz que seu plano de retorno gradativo aos escritórios de São Paulo, Curitiba, Itajaí (SC) e Jundiaí (SP) já está pronto, mas ainda não tem data definida porque está condicionada às regras de cada cidade e aos índices de segurança. A Vale também não fala em data.

Agosto também é a previsão da Deloitte para que seus profissionais comecem a voltar gradualmente do home office, mas só em dias pré-definidos e, no cliente, com protocolos e autorizações. A empresa ressalva que, quem ainda não se sentir à vontade para deixar o isolamento social, fica em casa.

A EMS também fala em agosto, mas segue avaliando o cenário e estuda uma política para manter parte em home office definitivo. Na Unilever, a volta só começa no mês que vem se o país tiver 14 dias consecutivos de redução de casos e mortes, além de outras condições, como aumento nos leitos e a volta às aulas. O retorno também será feito em etapas, com 15% na primeira fase, e voluntário.

Folha De S. Paulo