Governo ainda vai gastar mais R$ 350 mil com Weintraub

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Foto: Reprodução

A partir desta segunda, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub entrará na reta final da preparação para o sonhado “cargão” recebido de presente de Jair Bolsonaro, o presidente que se elegeu defendendo o fim da mamata na máquina pública.

Faltam dez dias para o Banco Mundial anunciar o resultado da eleição que pode levar o ex-ministro a ocupar uma cadeira na direção-executiva da instituição. O processo eleitoral será encerrado na quinta, 30 de julho, e o desfecho será conhecido no dia seguinte.

O órgão sediado em Washington se limita a administrar o processo – quem vota são os demais países que compõem o grupo do qual o Brasil faz parte. Nele estão Colômbia, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago.

Imediatamente após a saída-relâmpago do governo Bolsonaro, Weintraub embarcou em um voo para Miami. De lá, tem se mantido ativo nas redes sociais o que nem de longe favorece suas pretensões na respeitada instituição.

Caso o ex-ministro consiga assumir a vaga já em agosto, a permanência tende a ser curta. A menos que conquiste uma reeleição, seu mandato vai até outubro. Assim, com base nos valores informados pelo Banco Mundial, os três meses em Washington podem render a Weintraub algo perto de 350.000 reais.

A aposta brasileira no nome do ministro colecionador de polêmicas servirá para medir a quantas anda a popularidade do país lá fora. Já em junho, uma carta assinada por empresários, economistas e intelectuais brasileiros alertava o Banco e embaixadores dos países da diretoria da qual o Brasil é membro sobre as consequências da nomeação de Weintraub.

“Enviamos esta carta para fortemente desaconselhar a indicação do Sr. Weintraub para esta importante posição e informá-lo sobre os possíveis danos irreparáveis que ele causaria à posição do seu país no Banco Mundial”, diziam 15 associações e mais de 130 personalidades. “Weintraub é a antítese de tudo o que o Banco Mundial procura representar na política de desenvolvimento e no multilateralismo”.

Dias depois, foi a vez de funcionários do Banco Mundial enviarem uma carta ao conselho de ética do órgão criticando a indicação. Segundo eles, o “tipo de comportamento pelo qual ele [Abraham Weintraub] é acusado é totalmente inaceitável nesta instituição”.

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