Indígenas dizem que reunião com Heleno foi “humilhante

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Foto: Adriano Machado/Reuters

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), que move uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o governo do presidente Jair Bolsonaro garanta a proteção de indígenas contra a Covid-19, informou ao STF nesta segunda-feira, 20, que seus representantes receberam tratamento “desastroso, humilhante e constrangedor” na primeira reunião com representantes do governo, em uma sala de situação criada por ordem do ministro Luís Roberto Barroso. A reunião, que ocorreu na sexta-feira, 17, foi coordenada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

“A experiência vivida por eles foi de um tratamento desastroso, humilhante e constrangedor, situação à qual nenhum cidadão merece passar, sobretudo diante de autoridades do governo brasileiro. Os indígenas relatam que a reunião foi arquitetada para atacá-los, incluindo acusações dirigidas a eles com palavras de baixo calão. Sentiram-se como alvo de tentativas intimidatórias”.

Na petição enviada hoje ao STF, a APIB pede que a Corte determine a disponibilização na íntegra da gravação e da ata da reunião, além de que o governo incorpore uma metodologia de funcionamento da sala de situação proposta pelo órgão indígena e um representante do gabinete de Barroso acompanhe as reuniões “intervindo quando for necessário, para garantir a objetividade dos trabalhos”.

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