Ministra alemã vê vacina só em 2021

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Foto: Vincent Kalut/Getty Images

A Alemanha deu a três empresas de biotecnologia garantias para ajudá-las a acelerar o desenvolvimento de candidatas a vacinas contra o coronavírus. Porém, a ministra da Educação e Pesquisa do país, Anja Karliczek, disse que é improvável que uma vacina esteja amplamente disponível antes de meados do ano que vem.

“Não devemos esperar um milagre”, disse Karliczek em entrevista coletiva, pedindo às pessoas que mantenham o distanciamento social e o uso de máscaras para evitar prejudicar as conquistas da Alemanha em controlar a pandemia. “Temos de continuar a assumir que a vacina para toda a população somente estará disponível a partir de meados do ano que vem, na melhor das hipóteses.”

Conselheiros do governo recomendaram disponibilizar parte dos 750 milhões de euros anunciados no mês passado para o desenvolvimento de vacinas para as empresas alemãs de biotecnologia BioNTech, CureVac e IDT Biologika, que estão trabalhando em vacinas contra o coronavírus, disse Anja Karliczek.

“Todas as três são candidatas promissoras, mas temos de, é claro, sempre esperar reveses durante a fase de testes, porque uma coisa é ter uma vacina eficaz, outra é ter uma vacina segura que as pessoas queiram”, disse. O dinheiro visa ajudar as empresas a aumentar a escala da produção e os testes de suas candidatas.

Mais de 150 candidatas a vacina contra a Covid-19 estão em fase de desenvolvimento ao redor do mundo, com 23 delas no estágio de testes em humanos. Com 206.000 casos confirmados da doença e pouco mais de 9.000 mortes, a Alemanha quer evitar uma segunda onda, que pode trazer de volta lockdowns e restrições que geram fortes impactos econômicos e fecharam muitos estabelecimentos por seis semanas entre março e abril.

Apesar da previsão conservadora da Alemanha, o especialista técnico da força-tarefa do governo dos Estados Unidos para o combate à Covid-19, Anthony Fauci afirmou que uma vacina para a doença deverá estar pronta até novembro. O imunologista ainda afirmou não estar “particularmente preocupado” com a maneira como a vacina está sendo desenvolvida, mas destacou que a “falta de grave preocupação” não pode comprometer o rigor científico no andamento da pesquisa.

A maior economia da Europa registrou um aumento nas infecções pela doença nas últimas semanas, depois de registrar uma queda nos contágios. O chefe do Instituto Robert Koch (RKI) para doenças infecciosas culpou a negligência pelos novos surtos.

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