Weintraub ainda tem apartamento cedido pelo governo no DF

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Foto: IGO ESTRELA/METRÓPOLES

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub saiu correndo do Brasil depois que pediu demissão do cargo, em 18 de junho. No entanto, 26 dias após o anúncio, o nome de Weintraub ainda consta na lista de usuários de apartamentos funcionais pertencentes à Presidência da República, atualizada no último dia 1º de julho no Portal da Transparência.

Localizado no Bloco A da 304 norte, o imóvel foi ocupado por ele em 22 de julho de 2019, como consta em publicação do Diário Oficial da União. Agora, atualmente morando fora do país, a revogação ainda não aconteceu oficialmente.

Em nota, a Secretaria Geral do Governo afirmou que o ex-ministro tem prazo de 30 dias corridos, contados da data em que cessou o direito de uso, para entregar o apartamento. “Nesse contexto, como a exoneração do ex-ministro ocorreu em 20 de junho de 2020, somente a partir de 20 de julho de 2020 poderá ser publicada a revogação da outorga”, afirmou. A data, no entanto, já foi retificada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na publicação, o governo corrigiu o dia oficial da saída do ministro: de 20 para 19 de junho.

A Secretaria de Planejamento alegou que o processo de devolução já foi iniciado. A reportagem não conseguiu contato com o ex-ministro.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou na sexta-feira (10/7) Milton Ribeiro como novo ministro da Educação. A pasta estava sem titular desde que Abraham Weintraub deixou a chefia e se mudou para os Estados Unidos, enquanto aguarda ter o nome aprovado para ocupar um cargo no Banco Mundial.

Weintraub voou para Miami em 19 de junho, usou passaporte diplomático e visto especial. Duas horas após ele desembarcar nos Estados Unidos, o Diário Oficial da União (DOU) publicou a exoneração dele do cargo. Segundo a assessoria do Ministério da Educação, o ex-chefe da pasta viajou em um voo comercial da Azul. O ex-ministro custeou a passagem com dinheiro próprio e foi de classe econômica. Weintraub desembarcou no aeroporto de Fort Lauderdale (Flórida).

Desde a saída de Weintraub, Bolsonaro tentou nomear dois ministros, mas ambos não resistiram à pressão e acabaram não assumindo o MEC. O primeiro foi Carlos Alberto Decotelli, nome que surpreendeu por estar fora do radar dos cotados. O outro, Renato Feder, secretário de Educação do Paraná, chegou a encabeçar a lista de favoritos logo que o cargo de ministro ficou vago.

Metrópoles