Auxílio emergencial turbinou comércio de roupas

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Foto: ARTUR WIDAK/NURPHOTO VIA GETTY IMAGES

Em tempos de crise financeira devido à Covid-19, provocada pela pausa de diversas atividades econômicas, o auxílio emergencial, conhecido como “coronavoucher”, foi concedido para beneficiar famílias e autônomos. Um balanço feito pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que uma média de 5% a 6% do valor liberado pelo Governo Federal pode ter sido aplicada no consumo de vestuário.

A quinta parcela do auxílio foi agendada para pagamento no mês de agosto. Na segunda-feira (17/8), a Caixa Econômica Federal disponibilizou o “coronavoucher” para 3,9 milhões de brasileiros nascidos em setembro. Ao todo, R$ 50 bilhões foram liberados mensalmente desde abril. De acordo com o levantamento da Abit, até 6% dessa quantia está sendo revertida ao setor da moda.

Depois de apresentar os números do mercado no primeiro semestre de 2020, Paulo Pimentel, presidente da associação, destacou que o auxílio tem colaborado com a retomada da indústria, após queda nos meses anteriores. No entanto, enfatizou que o cenário ainda é instável e que a recuperação permanece incerta.

“Vivemos um momento desafiador para o setor têxtil e de confecção. As atividades caíram muito, mas entramos em um patamar de menor queda com sinais de retomada gradual. Esperamos ter notícias mais positivas em relação à pandemia”, pontuou Pimentel durante coletiva de imprensa.

De acordo com a entidade, a indústria têxtil e de confecção começou a ser atingida no início do ano. Isso culminou nos resultados negativos do primeiro semestre. A produção caiu 22%, em comparação ao ano passado. As importações recuaram em 23,75%, assim como as exportações, que diminuíram 8,44%.

Outro grande impacto nos primeiros seis meses se deu nos postos de trabalho, com corte de mais de 70,9 mil cargos. As contratações, por sua vez, mantiveram a média de 2019, com aproximadamente 12 mil novos funcionários.

Durante a coletiva, Pimentel enfatizou que datas comerciais podem ajudar na recuperação do segmento. Em novembro, em função da antecipação do 13º salário, observou-se aumento na faixa de 15% a 25% nas vendas, segundo a Abit. “A expectativa é ter um Natal muito próximo ao de 2019. Um pouco mais, ou um pouco menos, desde que não tenha sobressalto no caminho”, estimou o presidente da associação.

Metrópoles